O presidente da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Ahmad Yarba, pediu neste sábado a intervenção da comunidade internacional em seu país para interromper a "máquina de guerra" do governo de Bashar al Assad. "Pedimos à comunidade internacional que passe das palavras às ações. Pedimos uma intervenção internacional para frear a máquina de guerra de Bashar al Assad que mata os civis", disse o presidente do principal órgão rebelde durante uma entrevista coletiva concedida hoje em Istambul, capital a Turquia.
A intervenção deveria "estabelecer zonas de exclusão aérea e zonas livres" e deter e julgar os responsáveis pelas atrocidades contra a população civil, "incluído o recente massacre com armas químicas", opinou Yarba. Ele frisou que o ataque com armas químicas de 21 de agosto em Guta, na periferia de Damasco, "deixou quase 2 mil mortos", e que isto deveria ser um ponto de virada para a comunidade internacional.
O oposicionista também denunciou a passividade das Nações Unidas, paralisada pelo veto da Rússia e da China, e disse que a inação "põe em dúvida a credibilidade da ONU e da comunidade internacional" e "é uma vergonha para todos". Ele reafirmou sua absoluta convicção de que o responsável pelo ataque é o regime de Assad, algo que o governo nega taxativamente, e ofereceu novamente seu apoio à comissão de investigação das Nações Unidas, presente em Damasco, para que se desloque ao local. Segundo ele, a CNFROS identificou "mais de 30 casos do uso de armas químicas na Síria" desde o começo da guerra.
Selim Idris, o general que faz a ponte entra a Coalizão e o Exército Livre da Síria, acrescentou que os rebeldes estão contra-atacando na periferia de Damasco e que conseguiram avanços em Aleppo, Deir ez-Zor, Homs e na costa mediterrânea. "Mas nunca cometeremos crimes similares aos que o regime está perpetrando", afirmou.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam