Palestina refugiada morre ao inalar gás lacrimogêneo
Exército israelense teria usado o gás em acampamento de refugiados na região da Cisjordânia; oficiais negaram responsabilidade em morte
Uma palestina morreu na segunda-feira à noite depois de ter inalado gás lacrimogêneo utilizado pelo exército israelense no acampamento de refugiados palestinos de Aida, perto de Belém, na Cisjordânia. Uma médica palestina anunciou a morte.
"O exército usou latas de gás lacrimogêneo perto da casa desta mulher, que sofria de problemas respiratórios e começou a passar mal depois de ter inalado o gás", afirmou à AFP a fonte médica palestina.
De acordo com ela, a palestina, de 45 anos, "faleceu em casa".
Procurado pela AFP, o exército israelense rebateu a informação, por considerar que não havia qualquer relação entre a morte da mulher e as operações de suas tropas no acampamento.
Um porta-voz do exército israelense afirmou que a corporação foi informada do incidente, mas que determinou, com uma verificação, que a morte da mulher "não estava relacionada com o uso pelas tropas de meios dispersão, como gás lacrimogêneo".
Há mais de um ano o acampamento de Aida é cenário de confrontos frequentes entre palestinos e as forças de segurança israelenses.