Palestina responsabiliza Israel por assassinato de jovem
Presidente palestino exigiu que governo israelense "tome medidas concretas em terra para deter os ataques de colonos e o caos resultante destas agressões"
A presidência palestina declarou nesta quarta-feira que Israel é completamente responsável pelo sequestro e assassinato de um adolescente palestino em Jerusalém, que aparenta ser uma represália pela morte de três jovens israelenses na Cisjordânia.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, exigiu em um comunicado que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condene este assassinato e que Israel "tome medidas concretas em terra para deter os ataques de colonos e o caos resultante destas agressões".
Em uma declaração separada, o porta-voz da presidência palestina, Nabil Abu Rudeina, culpou as autoridades israelenses pelo crime.
"Israel é completamente responsável pelo assassinato do adolescente e exigimos que os autores (do crime) sejam encontrados", disse.
Este crime provocou tumultos no bairro palestino de Shuafat, no leste de Jerusalém, onde 200 palestinos lançaram pedras contra a polícia antidistúrbios israelense.
Pouco depois das declarações palestinas, Netanyahu publicou um comunicado no qual qualificou de crime hediondo o sequestro e o assassinato de Mohamad Abu Khdeir, de 16 anos, sequestrado quando pedia carona no bairro de Shuafat, em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel.
O cadáver do adolescente foi encontrado horas depois no oeste da cidade, com marcas de violência.
"O primeiro-ministro (israelense) se reuniu com o ministro da Segurança Interior, Yitzhak Aharonovitch, e pediu a abertura de uma investigação para encontrar os autores deste assassinado hediondo e determinar as suas circunstâncias", indicou um comunicado do gabinete de Netanyahu.
O sequestro e o assassinato deste jovem pode ser um ato de represália pelo assassinato de três jovens israelenses, sequestrados no dia 12 de julho quando pediam carona na Cisjordânia e encontrados sem vida na segunda-feira, consideram vários meios de comunicação, embora a polícia tenha declarado explorar todas as pistas.