Vários palestinos atacaram na noite de segunda-feira, com bombas incendiárias e pedras, um dos edifícios recentemente ocupados por colonos judeus no bairro árabe de Silwan, em Jerusalém Oriental, informou a polícia.
O incidente não deixou feridos nem provocou danos materiais, segundo a polícia, mas o ataque ilustra a tensão provocada pelo que os palestinos denunciam como a crescente presença de judeus em Jerusalém Oriental, onde os palestinos sonham em instalar a capital de seu futuro Estado.
O ataque teve como alvo um dos dois edifícios ocupados horas antes pelos colonos.
Silwan é um populoso bairro palestino, ao sul da cidade antiga de Jerusalém. Nos últimos meses foi cenário de confrontos entre colonos judeus, a polícia israelense e jovens palestinos.
A comunidade internacional não reconhece a anexação de Jerusalém Oriental por Israel, que por sua parte considera a cidade sagrada sua "capital eterna e indivisível".
Na parte oriental da cidade, que Israel tomou da Jordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967, vivem 290 mil palestinos e 200 mil israelenses.
Esse grafite mostra um menino palestino morto na violência da região. O guia explica que ele está sorrindo porque os mártires vão direto para o céu
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
A cerca, de cerca de sete metros de altura, começou a ser construída há mais de uma década, em meio à segunda Intifada. Segundo o governo de Israel, a barreira de segurança está sendo construída com o único propósito de salvar as vidas dos israelenses. Veículos da ONU são presença constante no local
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
Grafite mostra ataque a uma torre de vigilância israelense
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
Imagens retratam homens e jovens correndo. Fumaça por toda a parte e um grupo que havia lançado um objeto incendiário na torre.
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
A América Latina é uma região bastante conhecida e querida pelos palestinos. Muitos de seus familiares emigraram para lá. Uma parte da barreira faz homenagem aos latino-americanos
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
O renomado grafiteiro britânico Banksy também deixou sua marca em várias partes da cerca, mostrando seu apoio à causa palestina. Na foto, sua famosa imagem de uma garota revistando um soldado israelense
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
Outra obra de Banksy mostra uma pomba da paz com um colete à prova de balas. O grafite fica diante de um posto de controle israelense, justamente para colocar a pomba "na mira" desses militares
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
A barreira de concreto já foi bastante questionada pela comunidade internacional. Nesse trecho, um rinoceronte corre e rompe o muro
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
Esse grafite retrata Leila Khaled, uma das principais líderes da Frente Popular para a Libertação da Palestina. Ela foi a primeira mulher que sequestrou um avião, em 1969. Foi presa e, depois, libertada em uma troca de prisioneiros
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
Barreira serve para proteger população contra o "terrorismo". Mas o muro também divide terras e famílias e serve de cenário para protestos
Foto: Constanza Hola / BBC Mundo
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