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Palestinos deixarão Egito se Israel não voltar para negociar

Israel insiste em não negociar enquanto continuarem as agressões contra seu território

10 ago 2014 - 05h20
(atualizado às 07h05)
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O dirigente do movimento Fatah Azzam al Ahmad, que lidera a delegação de facções palestinas no Cairo, anunciou que deixará o país neste domingo caso os israelenses não voltem hoje ao país para retomar as negociações.

"Se for confirmado que os israelenses não voltarão ao Cairo neste domingo, saíremos à noite para a Palestina para realizar consultas com o presidente Mahmoud Abbas", disse Ahmed em declarações a jornalistas nesta madrugada.

O dirigente palestino cobrou o retorno de Israel à mesa de negociações, mas sem impor condições às quais, segundo ele, "não tem direito".

Os palestinos redigiram um documento, entregue pelos mediadores egípcios a Israel, em que exigem de Israel um cessar-fogo, a libertação de presos, o desbloqueio de Gaza, e a abertura de um porto e um aeroporto na Faixa, entre outras questões.

Estes pedidos foram negados por Tel Aviv, o que provocou a retomada dos ataques pelo Hamas e a retomada da ofensiva israelense em Gaza.

Israel insiste em não negociar enquanto continuarem as agressões e a delegação que participava dos contatos deixou Cairo na sexta-feira e não deve retornar por enquanto, segundo a imprensa israelense.

O número dois do Hamas, Moussa Abu Marzuq, destacou à imprensa ontem à noite que as negociações com Israel foram paralisadas no sábado para respeitar o fim de semana judeu.

"Os israelenses misturam a religião com a política só no caso das negociações de paz, sem perceber que os bombardeios mais intensos sobre a Faixa de Gaza foram aos sábados", alfinetou Abu Marzuq.

O dirigente palestino acredita que as negociações com Israel podem ser retomadas hoje, mas afirmou que a delegação da Palestina não foi informada oficialmente.

O número de palestinos mortos desde o início da intervenção israelense já chega aos quase dois mil, 448 deles crianças, enquanto foram registradas 67 vítimas israelenses e 500 feridos.

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EFE   
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