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Papa deixa Roma rumo à Jordânia para viagem à Terra Santa

Papa Francisco começa neste sábado uma viagem de três dias pelo Oriente Médio; 1ª parada é na Jordânia

24 mai 2014 - 04h31
(atualizado às 07h25)
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É a primeira visita de Francisco, líder da comunidade de 1,2 bilhão de católicos do mundo, à região
É a primeira visita de Francisco, líder da comunidade de 1,2 bilhão de católicos do mundo, à região
Foto: Reuters

O papa Francisco deixou o Vaticano neste sábado rumo à Jordânia, onde inicia uma intensa viagem de três dias pelo Oriente Médio, levando esperança à decrescente população cristã e um apelo aos membros de todas as religiões para trabalharem juntos pela paz.

O Pontífice partiu por volta das 8h20 locais (3h20 de Brasília) do aeroporto internacional de Fiumicino, em Roma, rumo à capital da Jordânia, Amã, onde começará sua viagem à Terra Santa. O Papa chegou ao aeroporto vindo da Cidade do Vaticano e embarcou num avião da Alitalia (o A321 "Piazza Duomo-Lecce"), após se despedir das autoridades italianas.

O pontífice argentino, que carregava uma bolsa preta ao entrar no avião, deve chegar às 13h (7h de Brasília) no aeroporto de Amã, de onde será transferido para o palácio real Al-Husseini para ser recebido oficialmente pelo rei Abdullah II.

"Esta não é uma visita protocolar", disse o patriarca Louis Sako, principal autoridade da Igreja no Iraque, a repórteres em Amã na véspera da visita.

“Este Papa sente a dor dos cristãos, e a sua chegada neste momento, quando povos desta região estão passando por conflitos, matanças e destruição, é uma mensagem de convívio. É um apelo para que todos da região tenham a coragem de rever suas posições, sair desta crise sufocante”, disse.

A população cristã vem diminuindo de forma constante em todo o Oriente Médio há gerações. As recentes revoltas árabes, a guerra civil na Síria e o crescimento do Islã radical só estão acelerando esse processo.

Em Israel e na Cisjordânia ocupada, mais cristãos palestinos pensam em partir, culpando Israel por reduzir as suas perspectivas econômicas e limitar a sua liberdade de movimento.

“Estamos esperando impacientemente por uma palavra do papa que fortaleça a moral. As pessoas nas ruas perguntam que mensagem o papa irá trazer”, disse Sako.

É a primeira visita de Francisco, líder da comunidade de 1,2 bilhão de católicos do mundo, à região.

Depois de se encontrar com o rei Abdullah e celebrar uma missa em um estádio de Amã, o pontífice irá se reunir com refugiados da Síria e do Iraque na Betânia, às margens do rio Jordão, o local onde Jesus foi batizado, de acordo com a tradição.

Na manhã de domingo, Francisco irá de helicóptero a Belém, uma visita de seis horas ao que o programa oficial do Vaticano chama de “Estado da Palestina”, uma terminologia que Israel rejeita.

Em 2012, o Vaticano revoltou Israel ao apoiar uma votação na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas para dar aos palestinos um status de reconhecimento como Estado. Israel argumenta que tal mudança só pode ocorrer por meio de negociações.

Em Belém, o Papa será recebido pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e se reunirá com as autoridades, para depois celebrar uma missa ao ar livre na Praça da Manjedoura, junto ao local onde, segundo a Bíblia, nasceu Jesus.

Na segunda-feira, o último dia de sua viagem, o papa visitará o grão-mufti de Jerusalém, Amin al-Husayni, no edifício do Grande Conselho na Esplanada das Mesquitas para, em seguida, protagonizar outro momento simbólico: a visita ao Muro das Lamentações.

Foto: AFP

Com informações da agência EFE

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