Papa pede que o mundo muçulmano condene o terrorismo
Pontífice também denunciou a "cristianofobia"
O papa Francisco pediu neste domingo que todos os dirigentes religiosos, políticos e intelectuais muçulmanos condenem claramente o terrorismo islamita.
Em coletiva de imprensa a bordo do avião que o leva da Turquia de volta para a Itália, o Papa, indagado sobre o terrorismo do grupo Estado Islâmico (EI) e de outros grupos jihadistas no mundo, afirmou que seria bom que todos os dirigentes muçulmanos do mundo, políticos, religiosos e acadêmicos se pronunciassem claramente condenando esta violência que prejudica o Islã.
"Isso ajudaria a maioria dos muçulmanos se saísse da boca dos dirigentes. Todos nós precisamos de uma condenação global", enfatizou.
"É certo que ante estes atos, cometidos não apenas na região (Iraque, Síria), como também na África há uma certa reação de repulsa: como se o Islã fosse assim! Isso me revolta".
"Muitos muçulmanos se sentem ofendidos e dizem: 'nós não somos essa gente. O Corão é um livro de paz".
Francisco condenou as pessoas que "dizem que todos os muçulmanos são terroristas". "Também não se pode dizer que todos os cristãos são fundamentalistas".
O Papa também denunciou a "cristianofobia": "os islamitas perseguem os cristãos no Oriente Médio, e eles devem partir, perdendo tudo ou sendo obrigados a pagar impostos".
E, em certos países, alguns funcionários "perseguem os cristãos com luvas brancas, sem recorrer à violência, como se quisessem que não sobrasse mais nenhum cristão nesses países", denunciou o Papa, sem dizer a que países se referia.