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Papa visita memorial e faz oração às vítimas do Holocausto

A pedido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ele também fez uma parada não anunciada ao “Memorial às Vítimas do Terror” de Israel

26 mai 2014 - 10h33
(atualizado às 10h46)
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<p>Papa Francisco participa de cerimônia no Salão da Lembrança, no memorial do Holocausto, em Jerusalém</p>
Papa Francisco participa de cerimônia no Salão da Lembrança, no memorial do Holocausto, em Jerusalém
Foto: Reuters

O papa Francisco navegou pelas águas turbulentas do conflito entre Israel e Palestina e humildemente se curvou para beijar a mão de sobreviventes do Holocausto nesta segunda-feira, o último dia de uma viagem no Oriente Médio marcada por ousados gestos pessoais.

“Nuca mais, Deus. Nunca mais!", ele disse no Salão das Lembranças do Museu de Yad Vashem, que serve como homenagem aos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

"Recorde-se de nós em tua misericórdia. Damos graça por nos envergonhamos do que, como homens, fomos capazes de fazer, por nos envergonhamos desta máxima idolatria, de termos desprezado e destruído nossa carne, esta carne que tu modelaste do barro, que tu vivificaste com teu sopro de vida", clamou.

Quarto papa a visitar Israel, Francisco foi o primeiro a colocar uma coroa de flores na sepultura de Theodor Herzl, visto como o fundador do sionismo moderno que levou à fundação de Israel.

A pedido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ele também fez uma parada não anunciada ao “Memorial às Vítimas do Terror” de Israel, um dia após inesperadamente rezar diante de um muro israelense que é motivo de críticas dos palestinos.

“Eu rezo para todas as vítimas do terrorismo. Por favor, chega de terrorismo”, disse ele suavemente no memorial, onde estão gravados os nomes de civis israelenses mortos principalmente nos ataques de militantes palestinos.

Netanyahu, ao seu lado, agradeceu pelas palavras.

Foto: AFP

“Nós não ensinamos nossas crianças a usar bombas. Nós ensinamos a paz a elas, mas tivemos que erguer uma parede para aqueles que ensinam no outro lado”, disse ele, acusando os palestinos de provocar a violência.

Israel diz que seu muro na Cisjordânia ocupada foi construído para garantir sua segurança após uma onda de atentados suicidas palestinos há uma década. Já os palestinos vêem o muro como uma tentativa de Israel de tomar as terras que buscam para constituir seu futuro Estado.

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