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Por que os EUA não usam drones para atacar jihadistas?

Especialistas explicam o que tem levado o governo americano a adotar "os tradicionais" ataques aéreos em áreas dominadas pelo Estado Islâmico

28 ago 2014 - 17h15
(atualizado às 17h21)
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<p>Predator, um dos drones dos Estados Unidos</p>
Predator, um dos drones dos Estados Unidos
Foto: Twitter

Por anos, o governo do presidente americano Barack Obama combateu a rede terrorista Al-Qaeda e seus afiliados no Paquistão, Iemên e Somália com drones (aviões não-tripulados) operados pela CIA e pelo Pentágono. 

Contudo, a mesma estratégia não vem sendo adotada contra o Estado Islâmico, grupo extremista islâmico que vem conquistando cada vez mais territórios do Iraque e da Síria, segundo o Mashable.

De acordo com especialistas, isso se explica pelo fato de os drones não serem mais armas eficientes dados o tamanho e o alcance do Estado Islâmico.

De acordo com Phillip Lohaous, ex-analista das Forças Armadas americanas no Iraque, enquanto drones podem ser eficientes para mirar e assassinar indivíduos, ataques aéreos convencionais são mais eficientes para mirar alvos estratégicos, como posições de artilharia.

Para Jeffrey White, ex-funcionário da Agência de Inteligência da Defesa, os ataques aéreos também têm uma importância simbólica: "Eles querem mandar a mensagem de que os Estados Unidos estão fazendo alguma coisa, e os bombardeios públicos enviam essa mensagem, a de que nós continuamos envolvidos na questão da segurança iraquiana".

Nas últimas semanas, tem se intensificado o debate sobre a interferência dos Estados Unidos na Síria, onde o Estado Islâmico tem se expandido.

Os ataques no território sírio, contudo, sejam por meio de drones ou por meio de equipamentos tradicionais, são complicados por questões estratégicas. Teme-se, por exemplo, que a ofensiva americana ajude o regime de Bashar al-Assad, tido como ditatorial e praticante de atrocidades contra a população civil durante três anos de guerra civil.

O regime sírio afirmou nesta semana que os ataques aéreos americanos em solo sírio seriam considerados atos de agressão caso não recebessem o alvo de Damasco.

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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