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Primeiro avião com ajuda humanitária da ONU chega a Erbil

Muitas vítimas do grupo extremista Estado Islâmico tiveram de deixar suas casa e vivem hoje em prédios em construção, parques, estradas ou ao ar livre

20 ago 2014 - 13h50
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<p>Deslocados da minoria Yazidi&nbsp;que fugiram da viol&ecirc;ncia em&nbsp;Gwer, aguardam&nbsp;para voltar &agrave; cidade iraquiana em um ponto de verifica&ccedil;&atilde;o em 18 de agosto&nbsp;</p>
Deslocados da minoria Yazidi que fugiram da violência em Gwer, aguardam para voltar à cidade iraquiana em um ponto de verificação em 18 de agosto 
Foto: Youssef Boudlal / Reuters

O primeiro de uma série de aviões que transportará ajuda da ONU para as vítimas civis do grupo jihadista Estado Islâmico no norte do Iraque chegou nesta quarta-feira em Erbil, capital da região autônoma do Curdistão, no Iraque, que recebeu 600 mil deslocados pela violência.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) confirmou o início da grande operação humanitária. O primeiro avião aterrissou com cem toneladas de ajuda emergencial procedente de Amã, Jordânia.

Ao todo, o objetivo é fazer chegar ao norte do Iraque mais de 2.400 toneladas de ajuda entre hoje e os primeiros dias de setembro; tanto por via aérea, como marítima e terrestre.

Muitas das vítimas do grupo jihadista Estado Islâmico tiveram que fugir apenas com o que tinham no corpo para salvar suas vidas e agora vivem em edifícios em construção ou simplesmente ao ar livre, em parques ou ao lado de estradas.

Membros de minorias religiosas perseguidos pela milícia islamita, como yazidis e cristãos, fazem parte dos deslocados.

Está previsto que um avião por dia aterrisse na cidade até sábado, enquanto um grupo de 175 caminhões partiu na mesma direção levando ajuda como barracas de campanha, lonas de plástico e móveis e utensílios domésticos essenciais.

O comissário para os Refugiados, o português António Guterres, disse que se trata do maior esforço humanitário em uma década destinado a uma situação individual.

Das 600 mil pessoas deslocadas no Curdistão iraquiano, 200 mil chegaram nas últimas três semanas de Sinjar após a vinda dos jihadistas.

Estima-se que em todo Iraque quase 1,2 milhão de pessoas sofreram deslocamento forçado neste ano, sendo 500 mil na região de Anbar e 600 miil pelo conflito em Mossul e arredores.

Foto: Arte Terra
EFE   
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