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Primeiros assessores militares americanos já estão no Iraque

Outros 90 soldados das forças Centcom, o comando militar americano responsável pelo Oriente Médio e Ásia central, também começaram a trabalhar em sua missão, que consiste em estabelecer "um centro de comando conjunto"

24 jun 2014 - 17h55
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Os primeiros assessores militares americanos que terão a missão de ajudar as forças iraquianas a combater os insurgentes sunitas já se encontram em Bagdá, anunciou nesta terça-feira o Pentágono.

"Começamos a enviar as primeiras equipes de avaliação", indicou o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, acrescentando que cerca de 40 militares, dos cerca de 300 assessores que Washington prometeu enviar, "começaram sua nova missão".

Esses 40 soldados estavam até o momento estacionados na embaixada dos Estados Unidos em Bagdá.

Outros 90 soldados das forças Centcom, o comando militar americano responsável pelo Oriente Médio e Ásia central, também começaram a trabalhar em sua missão, que consiste em estabelecer "um centro de comando conjunto", gerido em parceria com as forças iraquianas, segundo Kirby.

Além disso, 50 outros soldados americanos devem chegar nos próximos dias na capital iraquiana.

"Essas equipes vão avaliar a coesão e o estado da preparação das forças de segurança iraquianas" e transmitir os resultados de suas análises a seu comando "daqui a 2 ou 3 semanas", ressaltou o almirante.

Nesta terça-feira, ao amanhecer, liderados pelo Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), os rebeldes lançaram um novo ataque para retomar o controle da refinaria de Baiji, 200 km ao norte de Bagdá. Os soldados conseguiram repelir a agressão, disseram autoridades locais, acrescentando que as tropas no terreno receberam apoio da Força Aérea, que realizou ataques em Baiji.

Uma autoridade local acusou os insurgentes de se esconderem nas casas dos bairros residenciais nas redondezas. Dez crianças e nove mulheres foram mortas nos ataques, de acordo com outro representante do governo, enquanto a TV estatal falou em 19 terroristas mortos.

Em meados de junho, o Exército havia impedido um ataque anterior contra a refinaria. O episódio aterrorizou os mercados de petróleo, sendo o Iraque o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Esse foi um raro sucesso do Exército, depois de sua derrota total nos primeiros dias da ofensiva lançada em 9 de junho pelas forças insurgentes, que tomaram Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, uma grande parte de sua província Nínive (norte), Trikit e outras áreas das províncias de Saladino (norte), Diyala (leste), Kirkuk (norte) e Al-Anbar (oeste).

Nessas regiões, as autoridades afirmaram que suspenderiam o pagamento dos salários dos funcionários públicos até o final das hostilidades.

Na província ocidental de Al-Anbar, o Exército apoiado por tribos locais repeliu um ataque à cidade de Haditha, que abriga uma grande usina elétrica. A Força Aérea também atacou duas pontes vitais sobre o rio Eufrates, perto da cidade de Al-Qaim, usadas por insurgentes. Pelo menos 13 pessoas morreram.

Enquanto os jihadistas se encontram a menos de 100 km de Bagdá, Kerry tenta convencer o presidente da região autônoma do Curdistão, Massud Barzani, a participar de um governo de unidade para evitar que o país mergulhe no caos. A missão parece difícil.

Barzani já pediu a saída de Al-Maliki, que parece querer permanecer no poder, apesar das duras críticas à sua política religiosa de marginalização da minoria sunita.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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