Primeiros assessores militares americanos já estão no Iraque
Outros 90 soldados das forças Centcom, o comando militar americano responsável pelo Oriente Médio e Ásia central, também começaram a trabalhar em sua missão, que consiste em estabelecer "um centro de comando conjunto"
Os primeiros assessores militares americanos que terão a missão de ajudar as forças iraquianas a combater os insurgentes sunitas já se encontram em Bagdá, anunciou nesta terça-feira o Pentágono.
"Começamos a enviar as primeiras equipes de avaliação", indicou o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, acrescentando que cerca de 40 militares, dos cerca de 300 assessores que Washington prometeu enviar, "começaram sua nova missão".
Esses 40 soldados estavam até o momento estacionados na embaixada dos Estados Unidos em Bagdá.
Outros 90 soldados das forças Centcom, o comando militar americano responsável pelo Oriente Médio e Ásia central, também começaram a trabalhar em sua missão, que consiste em estabelecer "um centro de comando conjunto", gerido em parceria com as forças iraquianas, segundo Kirby.
Além disso, 50 outros soldados americanos devem chegar nos próximos dias na capital iraquiana.
"Essas equipes vão avaliar a coesão e o estado da preparação das forças de segurança iraquianas" e transmitir os resultados de suas análises a seu comando "daqui a 2 ou 3 semanas", ressaltou o almirante.
Nesta terça-feira, ao amanhecer, liderados pelo Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), os rebeldes lançaram um novo ataque para retomar o controle da refinaria de Baiji, 200 km ao norte de Bagdá. Os soldados conseguiram repelir a agressão, disseram autoridades locais, acrescentando que as tropas no terreno receberam apoio da Força Aérea, que realizou ataques em Baiji.
Uma autoridade local acusou os insurgentes de se esconderem nas casas dos bairros residenciais nas redondezas. Dez crianças e nove mulheres foram mortas nos ataques, de acordo com outro representante do governo, enquanto a TV estatal falou em 19 terroristas mortos.
Em meados de junho, o Exército havia impedido um ataque anterior contra a refinaria. O episódio aterrorizou os mercados de petróleo, sendo o Iraque o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Esse foi um raro sucesso do Exército, depois de sua derrota total nos primeiros dias da ofensiva lançada em 9 de junho pelas forças insurgentes, que tomaram Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, uma grande parte de sua província Nínive (norte), Trikit e outras áreas das províncias de Saladino (norte), Diyala (leste), Kirkuk (norte) e Al-Anbar (oeste).
Nessas regiões, as autoridades afirmaram que suspenderiam o pagamento dos salários dos funcionários públicos até o final das hostilidades.
Na província ocidental de Al-Anbar, o Exército apoiado por tribos locais repeliu um ataque à cidade de Haditha, que abriga uma grande usina elétrica. A Força Aérea também atacou duas pontes vitais sobre o rio Eufrates, perto da cidade de Al-Qaim, usadas por insurgentes. Pelo menos 13 pessoas morreram.
Enquanto os jihadistas se encontram a menos de 100 km de Bagdá, Kerry tenta convencer o presidente da região autônoma do Curdistão, Massud Barzani, a participar de um governo de unidade para evitar que o país mergulhe no caos. A missão parece difícil.
Barzani já pediu a saída de Al-Maliki, que parece querer permanecer no poder, apesar das duras críticas à sua política religiosa de marginalização da minoria sunita.
06 de junho - Jovens iraquianos observam os danos causados após a explosão de um carro-bomba na cidade de Kirkuk
Foto: AFP
08 de junho - Imagem de propaganda do EIIL. Militantes lutaram contra forças iraquianas em Tikrit, em 11 de junho, após os jihadistas tomarem a faixa norte do país, incluindo a cidade de Mossul
Foto: AFP
08 de junho - Imagem retirada de uma propaganda veiculada no dia 08 de junho pelo grupo EIIL mostra militantes perto da cidade iraquiana de Tikrit
Foto: AFP
10 de junho - Família iraquianas se reúnem em um posto de controle curdo, em uma região autônoma do Curdistão. Elas fogem da violência presente na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
10 de junho - Foto tirada de um celular mostra um homem armado assistindo a um veículo militar em chamas, em Mossul
Foto: AFP
11 de junho - Imagem divulgada pelo grupo EIIL, mostra militantes indo a um local não revelado, na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
11 de junho - Imagem divulgada por um perfil de notícias jihadista no Twitter mostra um militante do grupo EIIL segurando uma arma na fronteira sírio-iraquiana
Foto: AFP
11 de junho - Imagem disponibilizada pelo perfil de notícias jihadistas Al-Baraka mostra militantes do EIIL pendurando uma bandeira da Jihad Islâmica em um poste no topo de um antigo forte militar, na aldeia de Al Siniya
Foto: AFP
11 de junho - Iraquianos limpam as ruas depois de um ataque suicida de um homem-bomba, em uma tenda, onde líderes tribais xiitas estavam reunidos, na cidade de Sadr, no norte de Bagdá
Foto: AFP
11 de junho - Um grupo de curdos são vistos sentados dentro de um veículo, estacionado próximo à cidade de Mossul, no Iraque. No dia 10 de junho, militantes sunitas invadiram a cidade.
Foto: AFP
11 de junho - Parte do uniforme de um membro do Exército iraquiano é visto no chão, em frente a restos de um veículo militar queimado, a 10 km da cidade de Mossul
Foto: AFP
12 de junho - Membros do grupo Asaib Ahl al-Haq carregam caixão de colega morto em Najaf durante confrontos com o grupo rebelde Estado Islâmico e o Levante (EIIL) na província de Salahuddin
Foto: Reuters
12 de junho - Soldado do grupo insurgente Estado Islâmico e o Levante (EIIL) monta guarda em posto de controle em Mossul
Foto: Reuters
12 de junho - Forças especiais da polícia capturam homens armados na cidade iraquiana de Tikrit
Foto: Reuters
12 de junho - Dezenas de famílias deixam Mossul em direção a cidades curdas por causa da escalada da violência na região
Foto: Reuters
12 de junho - Voluntários que se juntaram ao Exército iraniano para lutar contra os insurgentes sunitas que tomaram controle da cidade de Mossul viajam em caminhão militar para Bagdá
Foto: Reuters
12 de junho - Membros das forças de segurança iraquianas posam para foto em Bagdá
Foto: Reuters
12 de junho - Insurgentes montam guarda em posto de controle na cidade iraquiana de Mossul
Foto: Reuters
15 de junho - Voluntários se unem ao exército iraquiano para combater militantes sunitas do EIIL
Foto: Reuters
16 de junho - Voluntários se juntam ao exército iraquiano para combater os militantes predominantemente sunitas
Foto: Reuters
16 de junho - Combatentes xiitas participam de mais um treinamento em estilo militar, em Najaf
Foto: Reuters
17 de junho - Combatentes do Exército Mehdi marcham durante um treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
17 de junho - Pessoas se reúnem em local onde um ataque com carro-bomba deixou 13 mortos e 30 feridos em Bagdá
Foto: Reuters
17 de junho - Combatentes xiitas marcham em treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
17 de junho - Combatentes tribais gritam palavras de luta enquanto carregam armas em um desfile nas ruas de Najaf, ao sul de Bagdá
Foto: Reuters
19 de junho - soldados desfilam dentro do principal centro do Exército durante uma campanha de recrutamento de voluntários para o serviço militar em Bagdá, Iraque
Foto: AP
19 de junho - homens iraquianos chegam ao principal centro de recrutamento do Exército de voluntários para o serviço militar em Bagdá, após autoridades pedirem ajuda ao povo iraquiano no combate aos insurgentes
Foto: AP
19 de junho - centenas de homens mobilizam-se para lutar contra os insurgentes do Estado Islâmico e do Levante, em Bagdá
Foto: AP
19 de junho - voluntários das recém-formadas "Brigadas de Paz" participam de um desfile na cidade xiita de Najaf, no Iraque
Foto: AP
20 de junho - seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr realizam orações ao ar livre no reduto xiita da cidade de Sadr, em Bagdá
Foto: AP
20 de junho - militares das "Brigadas de Paz" participam de desfile no sul da cidade sagarada de Najaf
Foto: AP
22 de junho - mulher iraquiana banha seu filho em um acampamento para deslocados internos que fugiram de Mossul e outras cidades tomadas pelos insurgentes do Estados Islâmico e do Levante
Foto: AP
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