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Reino Unido identifica suspeito de decapitar jornalista

A polícia não deu detalhes sobre o homem, mas informou que ele é conhecido como "Jihadi John" e morava no oeste de Londres em 2013

24 ago 2014 - 10h30
(atualizado às 10h30)
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<p>James Foley desapareceu na Síria em 2012</p>
James Foley desapareceu na Síria em 2012
Foto: Reuters

Os serviços secretos do Reino Unido identificaram o jihadista britânico suspeito de ter decapitado o jornalista americano James Foley, segundo fontes governamentais citadas neste domingo pelo jornal The Sunday Times.

De acordo com essas fontes, o serviço de contra-espionagem britânico MI5 e o serviço de espionagem MI6 revelaram que o jihadista é conhecido por outros militantes extremistas como "Jihadi John".

O aparente assassinato de Foley, de 40 anos, e que foi sequestrado na Síria em novembro de 2012, foi divulgado em um vídeo em fóruns jihadistas pelo grupo Estado Islâmico (EI), no qual é possível ouvir o suposto executor da decapitação do jornalista falar em inglês com sotaque de Londres.

Apesar de as fontes oficiais citadas não apresentarem detalhes sobre esse homem, o jornal diz que um suspeito chave é Abdel-Majed Badel Bary, de 23 anos, que deixou sua casa no bairro de Maida Vale, no oeste da capital britânica, em 2013.

Em declarações a esse mesmo jornal, o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond, afirmou que a suposta origem britânica do jihadista representa uma "absoluta traição" aos valores do país.

Hammond declarou que seu governo investe "recursos significativos" para erradicar o que chamou de "barbárie ideológica" e que, segundo ele, pode ameaçar o Reino Unido.

O chefe da diplomacia britânica concordou com outros membros do governo de Londres ao opinar que a "ameaça" procedente de Síria e Iraque pode durar toda uma geração.

"É horrível pensar que o autor deste ato atroz pode ter sido educado no Reino Unido", afirmou o chefe do 'Foreign Office'.

Desde que o governo de coalizão de conservadores e liberais-democratas chegou ao poder, em 2010, mais de 150 cidadãos foram expulsos do Reino Unido por "comportamento inaceitável".

EFE   
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