Resposta ao EI? Novos ataques da Síria matam 18 crianças
No total, 82 pessoas morreram. De acordo com a agência de notícias estatal síria, a maioria delas pertencia ao Estado Islâmico
Ataques da Força Aérea síria mataram 82 pessoas em um distrito controlado pela oposição nos arredores de Damasco. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitora a violência local, disse que a Força Aérea conduziu 60 ataques no distrito de Ghouta Oriental na quinta e nesta sexta. Dezoito crianças e 11 combatentes estão entre os mortos.
Ataques aéreos com alto número de mortos não são incomuns por lá, mas o grupo disse que a mais recente ofensiva seria uma resposta aos ataques com mísseis de insurgentes do Exército Islâmico na quinta-feira, que mataram 10 pessoas em Damasco.
A agência de notícias estatal síria Sana disse nesta sexta-feira que o Exército havia "eliminado dezenas de terroristas, a maioria deles da organização chamada 'Exército Islâmico' nos vilarejos de Ghouta Oriental, na zona rural de Damasco".
Uma mensagem publicada na quinta numa conta de Twitter supostamente pertencente ao chefe do Exército Islâmico, Zahran Alloush, disse que o ataque com mísseis era um pouco do que os militares sírios fizeram com Ghouta Oriental. Alloush descreveu Damasco como "zona militar" e disse que seu grupo responderia qualquer ataque aéreo.
O Exército Islâmico foi formado pela fusão de duas facções rebeldes em 2013 e recebeu o apoio da Arábia Saudita.
A ONU afirma que 200.000 pessoas foram mortas desde 2011 na guerra civil da Síria, que começou com protestos pacíficos contra o presidente Bashar al-Assad. As manifestações se tornaram um levante armado depois que as forças de Assad reprimiram com violência os manifestantes.