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Oriente Médio

Rouhani não ampliou liberdades no Irã, diz chefe da ONU

Ban Ki-moon disse nesta terça-feira que presidente iraniano não cumpriu promessa de maior liberdade de expressão, como também apresentou número maior de execuções

11 mar 2014 - 18h34
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23 de janeiro de 2014: O presidente do Irã, Hassan Rouhani, sorri durante encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos
23 de janeiro de 2014: O presidente do Irã, Hassan Rouhani, sorri durante encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos
Foto: Reuters

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, não cumpriu a promessa de campanha de permitir uma maior liberdade de expressão e, desde a sua eleição, foi registrado um aumento acentuado em execuções, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nesta terça-feira.

Rouhani, eleito em junho, levou o Irã a um acordo nuclear inicial com as potências mundiais. Mas, talvez cauteloso em tornar-se antagônico aos poderosos mais radicais, ele não fez reformas significativas que os eleitores moderados esperavam dentro do país.

Em um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, Ban destacou o uso predominante da pena de morte no Irã e pediu a libertação de ativistas, advogados e jornalistas, bem como de presos políticos que, segundo ele, estão sob custódia por exercer seus direitos de liberdade de expressão.

"O novo governo não fez nenhuma melhoria significativa na promoção e proteção da liberdade de expressão e de opinião, apesar das promessas feitas pelo presidente durante sua campanha e depois de tomar posse", disse Ban.

Iranianos que expressam opiniões ou crenças dissidentes ainda enfrentam acusação e detenção, acrescentou o secretário-geral da ONU.

Ban saudou a libertação de 80 presos políticos desde setembro, incluindo o advogado de direitos humanos Nasrin Sotoudeh, e a reintegração de alguns estudantes universitários e professores.

Mas ele disse que há um "grande número de prisioneiros políticos", incluindo advogados, ativistas dos direitos das mulheres e jornalistas.

Ban destacou o fato de que Mehdi Karoubi e Mirhossein Mousavi, candidatos presidenciais de 2009, estão sob prisão domiciliar desde 2011, apesar de nunca terem sido acusados de qualquer crime.

"O secretário-geral faz um apelo ao presidente para considerar a libertação imediata dos dois líderes da oposição e facilitar o seu acesso urgente e adequado a cuidados médicos."

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