Rússia ataca EI em massa e coordena ações com França
A Rússia lançou nesta terça-feira um ataque em massa com bombardeiros estratégicos e mísseis de cruzeiro contra as posições do Estado Islâmico (EI) na Síria após o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer que a queda de um avião russo com turistas no Sinai foi causada por um atentado terrorista.
"Realizamos um ataque aéreo em massa contra alvos do EI no território da Síria. O número de missões aéreas dobrou", disse Sergei Shoigu, ministro da Defesa, à imprensa local.
As operações contra o EI contaram pela primera vez com bombardeiros estratégicos Tu-160, Tu-95 e Tu-22, o que permitiu, segundo o ministro, realizar "ataques precisos e potentes em todo o território da Síria".
Da mesma forma que a aviação francesa agiu ontem, após os atentados terroristas de sexta-feira em Paris, as aeronaves russas centraram suas operações em Al Raqqa, reduto sírio do EI.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valeri Guerasimov, afirmou que a aviação russa utilizou novamente mísseis de cruzeiro de longo alcance, que destruíram 14 infraestruturas terroristas.
O destróier "Moskva", embarcação da Armada russa que se encontra em águas do Mar Mediterrâneo, recebeu a missão de proteger a aviação russa de possíveis ataques inimigos.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje a intensificação dos bombardeios contra o EI na Síria após saber que o acidente do avião com turistas russos em outubro no Egito, que causou 224 mortos, se deveu a um atentado terrorista.
Putin conversou por telefone com o líder francês, François Hollande, com o qual concordou em coordenar as ações militares de ambos os países contra o EI.
De acordo com o Kremlin, Putin e Hollande discutirão pessoalmente a cooperação contra o terrorismo jihadista no dia 26 de novembro em Moscou, depois que o líder francês se renir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
"É preciso estabelecer contato direto com os franceses e trabalhar com eles como aliados. Devemos elaborar um plano de ações conjuntas tanto no mar como no ar", afirmou Putin.
O presidente russo ressaltou que "em breve" chegará ao Mediterrâneo Oriental uma pequena frota de navios militares franceses liderados pelo porta-aviões Charles de Gaulle.