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Senado dos EUA debaterá ação militar na Síria na próxima semana

Congresso vai voltar aos trabalhos a partir de 9 de setembro, mas o Senado vai realizar audiências e sessões informativas sobre o tema da Síria

31 ago 2013 - 22h40
(atualizado às 22h46)
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Declarações de Barack Obama levaram centenas de pesssoas a Times Square, em Nova York, para protestar contra a guerra
Declarações de Barack Obama levaram centenas de pesssoas a Times Square, em Nova York, para protestar contra a guerra
Foto: AP

O Senado dos Estados Unidos começará na próxima semana os debates sobre a autorização solicitada pelo presidente Barack Obama para realizar uma intervenção militar na Síria, anunciou neste sábado o senador Harry Reid, líder da bancada do Partido Democrata.

O Congresso, que está em recesso pelas férias de verão, vai voltar aos trabalhos a partir de 9 de setembro, mas o Senado vai realizar audiências e sessões informativas sobre o tema da Síria a partir da próxima semana, de acordo com Reid.

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AFP

Acompanhe a cobertura exclusiva do Terra através do trabalho dos jornalistas Tariq Saleh e Mauricio Morales. Sediado no Líbano, país vizinho e sensível à crise síria, Saleh conversou com sírios, visitou refugiados e ouviu analistas para acompanhar o desenrolar de um conflito complexo e com desfecho ainda incerto. Enviado especial para o conflito, Morales passou dias com rebeldes para conhecer sua visão do conflito.

"É hora de o Congresso debater e votar sobre se as ações atrozes da Síria devem ser respondidas com um uso limitado de força militar americana", disse o senador em comunicado. De acordo com Reid, o uso de força militar contra a Síria "é justificado e necessário", e os Estados Unidos têm "uma obrigação moral" quanto à aplicação das leis internacionais que proíbem o uso de armas químicas.

Reid explicou que falou com o presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, o também democrata Bob Menéndez, e que chegaram a um acordo para que o comitê faça audiências sobre o caso da Síria com funcionários do governo a partir da próxima semana.

Segundo um comunicado do gabinete de Menéndez, a primeira audiência acontecerá na terça-feira, já que é feriado na segunda-feira pela celebração do Dia do Trabalho nos EUA.

O propósito de Reid é que o plenário do Senado vote uma resolução para autorizar Obama a usar a força contra a Síria, no máximo, na semana do dia 9 de setembro.

A Câmara dos Representantes, com maioria republicana, também espera começar a discutir a autorização a partir do dia 9 de setembro, disseram hoje seus líderes, entre eles o presidente da casa, John Boehner.

Obama anunciou neste sábado a decisão de atacar a Síria em represália pelo uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad, algo que considera como provado, mas esclareceu que buscará a autorização do Congresso, o que afasta a perspectiva de uma ação iminente.

Guerra civil em fotos
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O Terra compilou alguns dos principais materiais fotográficos disponibilizados ao longo destes mais de dois anos de guerra na Síria. Cada imagem leva a uma galeria que conta um episódio específico ou remete a uma situação importante do conflito.

De acordo com funcionários da Casa Branca, Obama tinha decidido em princípio fazer a ação militar sem a autorização do Congresso, mas na última hora, na noite da sexta-feira, mudou de opinião após longas discussões com sua equipe de segurança nacional.

"Estamos preparados para atacar quando decidirmos", advertiu Obama, que considera que está comprovado que o regime do presidente Assad foi o responsável pelo ataque com armas químicas no dia 21 de agosto na periferia de Damasco.

O presidente disse estar disposto a dar a "ordem" de ataque e afirmou que a operação militar pode acontecer assim que quiser, pois as Forças Armadas estão preparadas.

Mas também declarou: "tenho consciência que sou o presidente da democracia constitucional mais antiga do mundo. Apesar de acreditar que tenho a autoridade para realizar esta ação militar sem uma autorização específica do Congresso, sei que o país será mais forte se tomarmos essa medida e nossas ações serão, inclusive, mais eficazes".

EFE   
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