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Síria acusa ocidente de apoiar "terroristas" contra eleição

Regime de Bashar al Assad criticou os governos dos Estados Unidos, França e Reino Unido dizendo que são contra as reformas que promovem a democracia no país

17 mai 2014 - 11h58
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Cartaz com a assinatura do presidente e candidato Bashar al-Assad: campanha eleitoral em meio à guerra
Cartaz com a assinatura do presidente e candidato Bashar al-Assad: campanha eleitoral em meio à guerra
Foto: AFP

O regime sírio de Bashar al Assad acusou neste sábado os Estados Unidos, França e Reino Unido de apoiar "os terroristas" que operam em seu território e Israel de se opor à realização das eleições presidenciais na Síria, em 3 de junho.

Em artigo assinado por ele mesmo, o vice-ministro sírio de Relações Exteriores, Faisal Miqdad, afirmou no jornal libanês "Al Biná" que esses Estados estão contra as reformas do governo de Damasco encaminhadas a promover a democracia, os direitos humanos e o Estado de direito na Síria.

"Nos surpreendeu esta libertinagem e ingerência descarada de países que pretendem ser democráticos, mas que não conhecem o significado da democracia em absoluto", indicou o responsável sírio, cujo governo classifica de "terroristas" os rebeldes opositores.

Miqdad ressaltou que os Executivos ocidentais têm "dois pesos e duas medidas" e qualificou seus líderes de corruptos, já que, destacou, preferem tratar com Estados do Golfo como a Arábia Saudita a fazer com a Síria, para satisfazer Israel.

Miqdad acrescentou que as posturas dos EUA, Reino Unido e França favorecem, além disso, os "terroristas e assassinos", como o radical Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL), o islamita Frente Islâmica e a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria.

O vice-ministro lembrou que a Arábia Saudita é a origem do extremismo "wahhabista", braço defensor do islã.

A Síria se prepara para realizar em 3 de junho eleições presidenciais, às quais se candidatou o presidente Assad, no poder desde 2000, para chegar a um terceiro mandato.

O país se encontra imerso em uma guerra que dura já três anos e que deixou mais de 150 mil mortos, segundo dados do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Washington se opõe ao pleito porque considera que não são coerentes com o plano de paz, estipulado entre a ONU e as potências mundiais, que contemplava um processo de transição e de reconciliação entre as partes enfrentadas.

EFE   
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