As amostras recolhidas pelos inspetores das Nações Unidas no locais que teriam sofrido ataques químicos na Síria começarão a ser enviadas para estudo em laboratórios a partir de segunda-feira, informou a ONU neste domingo.
"Os preparativos para catalogar as amostras avançam e começarão a ser enviadas aos laboratórios amanhã", declarou à imprensa o porta-voz Martin Nesirky.
Segundo o chefe da missão, Ake Sellstrom, que conversou no domingo em Haia com o secretário-geral Ban Ki-moon, "duas autoridades sírias supervisionam o processo", acrescentou Nesirky.
O porta-voz se recusou a adiantar uma data para a divulgação das conclusões da ONU sobre o ataque, que dependem das análises de laboratório.
Segundo a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OIAC, siglas em inglês), a análise das amostras coletadas na Síria pelos investigadores da ONU pode levar "até três semanas".
"Levando-se em conta a terrível amplitude do incidente de 21 de agosto em Ghouta, perto de Damasco, (Ban) pediu ao Dr. Sellstrom que acelere a análise das amostras e das informações obtidas pela missão", sem afetar o rigor científico "e comunicar os resultados o quanto antes possível", indicou Nesirky.
Mas "todo o processo será realizado em conformidade com as normas mais rígidas de verificação" estabelecidas pela OIAC, indicou.
A ONU indicou no sábado que não vai tirar "conclusão alguma" sobre a utilização de armas químicas na Síria antes do resultado dos testes.
Nos próximos dias, Ban deve se manter em contato com líderes mundiais para abordar o conflito sírio, acrescentou o porta-voz.
O secretário-geral deve partir na terça-feira para São Petersburgo (Rússia) para participar da cúpula do G20 "na qual a Síria deve dominar os debates".
Ativistas e oposição denunciam ataque com armas químicas na Síria
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
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