Síria: bombardeios do regime deixam 85 mortos em Aleppo
Pelo menos 85 pessoas morreram nos bombardeios com barris explosivos lançados no sábado pelo Exército sírio contra diferentes regiões da província de Aleppo, no norte do país, informou neste domingo a agência EFE com base em informações divulgadas pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Entre as vítimas há 13 menores de idade e pelo menos dez combatentes da Frente al Nusra, vinculada a Al-Qaeda, segundo o comunicado deste grupo independente, sediado em Londres, Reino Unido, e que conta com uma ampla rede de ativistas em solo sírio.
O bombardeio, ainda não noticiado ou mencionado pela agência estatal síria (Sana), ocorre poucos dias após a finalização a primeira rodada de negociações de Genebra II, onde, pela primeira vez, representantes de governo e oposição sentaram-se frente a frente, durante cerca de uma semana, para, mediados pela ONU, começar a buscar uma solução política para o confito.
O representante especial das Nações Unidas para o conflito sírio, Lakhdar Brahimi, admitiu que não houve avanços reais nos diálogos, mas comemorou que as partes tenham pelo menos se acostumado a sentarem-se próximas uma das outra. Dentro de aproximadamente uma semana deve começar uma nova rodada de diálogos de paz em Genebra.
Durante os diálogos em Genebra, realizados ao longo da última semana, quase duas mil pessoas morreram em confrontos na Síria. A guerra civil do pais árabe, que irá completar três anos em conflito em março, já deixou mais de 100 mil mortos desde 2011.
Aleppo é a maior cidade da Síria e um dos principais polos de oposição ao governo do presidente Bashar al-Assad. A cidade é, ao lado de Homs, uma das que mais estão sendo devastadas pela guerra.