O regime sírio teria utilizado armas químicas, incluindo cloro, em 14 ataques desde o final de 2013, denunciou nesta terça-feira o chanceler francês, Laurent Fabius.
Fabius, que está em visita oficial a Washington, também lamentou o fato de o presidente americano, Barack Obama, não ter levado adiante uma ofensiva contra o regime sírio como punição por um ataque com gás sarin perto de Damasco, em agosto, no qual centenas de pessoas morreram.
Obama ameaçou atacar instalações do regime sírio se o presidente Bashar al-Assad cruzasse a linha vermelha utilizando armas químicas contra seu próprio povo.
No entanto, o líder americano acabou desistindo de efetuar o ataque direcionado, após a assinatura de um acordo mediado pela Rússia para a destruição das armas químicas.
"Lamentamos isso porque acreditamos que teria mudado muitas coisas, em muitos aspectos. Mas é um fato e não podemos reescrever a História", afirmou Fabius durante uma coletiva de imprensa.
Ele alegou, no entanto, que "há registros contundentes do uso, em pelo menos 14 oportunidades, (...) de agentes químicos desde outubro de 2013".
Embora 92% do estoque de armas químicas sírio já tenha sido retirado do país para ser destruído, "temos uma série de elementos que nos levam a crer que uma determinada quantidade dessas armas químicas foi escondida", disse Fabius.
Os 14 incidentes registrados mostraram que, "nas últimas semanas, novas e pequenas quantidades de armas químicas foram utilizadas, principalmente cloro", disse Fabius, acrescentando que a França atualmente examina as evidências.
13 de fevereiro de 2014 - Criança caminha em meio aos escombros de prédios danificados, em um local atingido por bombas de forças leais ao regime
Foto: Reuters
30 de janeiro de 2013 - Rebeldes sírios disparam granada-foguete contra posto de controle do Exército no bairro de Ain Tarma, na capital síria, Damasco
Foto: Goran Tomasevic / Reuters
09 de março de 2014 - Ruas da província de Homs totalmente arruinadas pelos bombardeios do Exército sírio e de grupos rebeldes
Foto: Reuters
17 de junho de 2011 - Manifestantes marcham pelas ruas de Hama, em protesto contra o regime sírio
Foto: Ugarit News / AFP
26 de setembro de 2013 - Presidente Bashar al-Assad durante entrevista a um canal de TV venezuelano
Foto: Reuters
Crianças choram ao lado do corpo da mãe, vítima dos bombardeios de forças leais ao governo Assad
Foto: Reuters
21 de agosto de 2012 - Forças do governo sírio exibem armas enquanto seguram um cartaz do presidente, Bashar al-Assad, no distrito de Jdeideh, em Aleppo
Foto: AFP
Agosto de 2013 - Corpos de vítimas do ataque com gás de Sarin são dispostos em uma vala comum, nos arredores de Damasco
Foto: AFP
Sírios caminham por rua, que, segundo ativistas, foi alvo de bombardeios de forças leais ao presidente Bashar al-Assad
Foto: Reuters
26 de fevereiro de 2014 - Corpos de combatentes da oposição são dispostos no chão após emboscada do Exército na área de Eastern Ghouta, em Damasco
Foto: Reuters
19 de fevereiro de 2014 - Soldados das forças leais ao presidente participam de comício em apoio ao Exército e a Bashar al-Assad
Foto: Reuters
02 de março de 2014 - Crianças sírias em campo de refugiados na cidade de Kilis, perto da fronteira com a Turquia
Foto: Reuters
11 de março de 2014 - Combatentes do Exército Livre da Síria caminham por uma rua destruída pelos confrontos na cidade de Morek, província de Hama
Foto: Reuters
11 de março de 2014 - Soldado do Exército Livre da Síria posa para foto na cidade de Morek, em Hama
Foto: Reuters
18 de fevereiro de 2014 - Rebeldes posam para foto com suas armas em Deir-al-Zor, leste da Síria
Foto: Reuters
02 de março de 2014 - Crianças sírias refugiadas na fronteira da Síria com a Turquia
Foto: Reuters
07 de março de 2014 - Militar do Exército Livre da Síria preparado para o combate na montanha de Dourin, próximo à província de Latakia
Foto: Reuters
16 de fevereiro de 2014 - Recrutas participam de treinamento do Exército Livre da Síria, próximo à capital Damasco
Foto: Ammar al-Bushy / Reuters
15 de fevereiro de 2014 - Criança refugiada brinca no campo Bab Al-Hawa, na fronteira da Síria coma Turquia
Foto: Reuters
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