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Sobe o número de dinamarqueses que lutam no Estado Islâmico

Entre os ocidentais, a Dinamarca tem o segundo maior índice de cidadãos que deixou o país para lutar na Síria e no Iraque, atrás apenas da Bélgica

15 dez 2014 - 08h14
(atualizado às 09h34)
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O relatório mais recente do Serviço Dinamarquês de Segurança e Inteligência (PET, da sigla em dinamarquês) diz que o número de cidadãos que deixou o país para lutar pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque aumentou e que, embora limitado, o risco de um ataque terrorista no país existe.

A agência elevou o tom adotado neste relatório, em relação aos anteriores. Afirmou que “a ameaça do terrorismo contra a Dinamarca é séria” e que o risco de um ataque terrorista evoluiu de “muito limitado” para “limitado”.

O relatório aumenta de 100 para 110 a estimativa de dinamarqueses que deixaram o país para se juntar às fileiras extremistas, mas a agência acredita que o número é muito maior. O relatório também estima que pelo menos 16 deles morreram em campo de batalha.

Em entrevista à emissora pública do país, a DR, o chefe do Serviço de Inteligência, Jens Madsen, explicou que a mudança no tom do relatório foi intencional. “Mudamos a abordagem por causa dos desenvolvimentos negativos que observamos. Isso se deve particularmente ao fato de que estamos vendo continuamente pessoas deixando a Dinamarca para lutar pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque”, afirmou.

Madsen observou que muitos cidadãos dinamarqueses, filhos de imigrantes muçulmanos, resolvem se juntar ao Estado Islâmico por terem a impressão de que o Islamismo está sob ataque do Ocidente.

Esta foi a mensagem transmitida no último dia 7 de dezembro, quando membros e apoiadores do grupo extremista islâmico Hizb ut-Tahir fizeram uma manifestação em apoio à Sharia em Copenhague, capital da Dinamarca. Eles protestavam contra o que chamaram de “ataques de políticos dinamarqueses contra o Islamismo e os muçulmanos”.

Relatório do Centro Nacional Dinamarquês de Pesquisa Social (SFI, da sigla em dinamarquês) identificou 15 diferentes grupos extremistas atuando no país, a maioria em cidades como Copenhague e Aarhus.

Entre as nações ocidentais, a Dinamarca tem o segundo maior número de cidadãos que deixou o país para lutar na Síria e no Iraque, proporcionalmente ao tamanho de sua população, atrás apenas da Bélgica.

Agência Brasil Agência Brasil
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