Ataque dos EUA mata suposto líder do EI no Afeganistão
O suposto líder do grupo jihadista Estado Islâmico morreu junto com outros 29 insurgentes em um bombardeio realizado por um drone americano
O suposto líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) em Afeganistão, Paquistão e Irã, Hafez Sayeed, morreu junto com outros 29 insurgentes em um bombardeio realizado por um avião não-tripulado (drone) americano em solo afegão, informou neste sábado (11) uma fonte oficial.
O bombardeio aconteceu na noite desta sexta-feira no distrito de Achin, na província de Nangarhar, segundo um comunicado do serviço secreto afegão (NDS).
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"Como resultado do bombardeio, morreram 30 insurgentes, incluindo Hafez Sayeed, líder do EI no autodenominado estado de Khurassan (território que abrange Afeganistão, Paquistão e Irã)", diz a nota.
Os serviços de inteligência afegãos explicaram no comunicado que deram às forças armadas dos Estados Unidos os dados sobre a localização exata dos insurgentes do "grupo terrorista Daesh" (acrônimo do EI em árabe).
Este é o segundo grande golpe contra o EI nesta semana no país asiático. Na segunda-feira (6), outro bombardeio americano no distrito de Achin matou o suposto líder adjunto do grupo jihadista no Afeganistão e no Paquistão, Gül Zaman.
Estas baixas dentro da cúpula do EI no Afeganistão se somam à morte, em fevereiro, na província de Helmand, do suposto governador adjunto do EI para o Sul da Ásia, Abdul Raouf Khadim.
O governo do Afeganistão fez na semana passada uma operação militar contra o Estado Islâmico, em uma nova estratégia de combate ao grupo radical.
Nas últimas semanas, dezenas de insurgentes morreram ou ficaram feridos em confrontos entre talibãs e integrantes do EI pelo controle de várias áreas da província de Nangarhar.
A chegada do Estado Islâmico ao Afeganistão ocorreu em um momento de tímida aproximação entre os talibãs e o governo afegão.
Na última terça-feira, aconteceu no Paquistão o "primeiro encontro oficial" entre uma delegação de talibãs e o governo afegão, o que pode levar à abertura de negociações de paz para pôr fim a 13 anos de guerra civil no Afeganistão.