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Três dos 6 suspeitos confessam assassinato de palestino

O corpo da vítima, que foi agredida e queimada viva, foi encontrado em 2 de junho

7 jul 2014 - 10h34
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Três dos seis israelenses detidos pelo sequestro e assassinato na semana passada de um adolescente palestino confessaram o crime, indicou nesta segunda-feira uma fonte próxima ao caso.

"Três dos seis suspeitos detidos confessaram ter assassinado e queimado Mohamed Abu Khder, e realizaram uma reconstituição do crime" diante dos policiais, declarou à AFP a fonte, que pediu o anonimato.

O corpo carbonizado do adolescente de 16 anos foi encontrado na última quarta-feira em uma floresta ao oeste de Jerusalém. Ele teria sido raptado horas antes no bairro de Shuafat, situado na parte oriental da cidade santa.

Um tribunal ditou prisão preventiva de oito dias para cinco dos seis detidos, embora as autoridades tivessem pedido um prazo de duas semanas. Já o sexto acusado deverá permanecer preso por cinco dias.

Os seis israelenses detidos são acusados de afiliação a grupo terrorista, pertinência a um movimento ilegal, assassinato, conspiração criminosa, posse de armas e munição e de cometer um delito por motivações raciais.

A investigação também revelou que o assassinato de Abu Jedeir foi cometido com premeditação e injúria.

A principal evidência é o veículo que os suspeitos usaram para o sequestro, que a polícia conseguiu localizar e que tinha sido registrado pelas câmeras de segurança da área.

No sábado, o procurador-geral palestino, Mohamad Abdel Ghani Uweili, revelou os resultados preliminares da autópsia, os quais indicavam que Mohamad havia sido atingido na cabeça e queimado vivo pelos agressores.

Também veio à tona o fato de dois policiais israelenses terem armado uma surra em Tareq Jedeir, primo de Mohamad, e de ter detido o mesmo durante algumas horas sem acusações, apesar da gravidade de seus ferimentos.

Tareq, que tem nacionalidade americana e estava em Jerusalém de férias, foi posto em liberdade condicional hoje após pagar uma fiança de 3 mil shekels (600 euros) e de se comprometer a não pisar mais em Shuafat. O jovem também não sabe se poderá retornar ao seu país na data prevista, explicou sua família à Agência Efe.

A imprensa israelense informou que abriu uma investigação contra dois agentes de fronteira, os quais aparecem em um vídeo arrastando um jovem em Shuafat.

No sábado, o pai de Mohamad pediu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que destrua a casa dos culpados, assim como fez com a da família dos dois supostos autores do assassinato dos três estudantes judeus.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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