Turquia prende israelenses por ataque contra frota de Gaza
Tribunal apresentará à Interpol um pedido de detenção internacional contra quatro ex-chefes militares israelenses, acusados de ter ordenado um ataque contra um barco turco
Um tribunal de Istambul ordenou nesta segunda-feira a prisão de ex-chefes do exército israelense pelo ataque contra um navio que viajava rumo a Gaza que deixou nove turcos mortos em 2010, segundo diversas fontes.
O tribunal apresentará à Interpol um pedido de detenção internacional contra quatro ex-chefes militares israelenses, julgados à revelia desde 2012 e acusados de ter ordenado o ataque contra um barco turco de ajuda humanitária com destino a Gaza em 2010, no qual nove pessoas morreram, explicou à AFP um porta-voz da organização islâmica turca IHH e um advogado da parte civil.
Os quatro ex-comandantes do exército israelense são o ex-chefe do Estado-Maior do exército, Gabi Ashkenazi, os ex-chefes da marinha e da força aérea, Eliezer Alfred Marom e Avishai Levi, e o ex-chefe dos serviços secretos Amos Yadlin, por seu suposto envolvimento no ataque ao barco "Mavi Marmara".
Os quatro homens, atualmente na reserva, são acusados de "ordenar assassinatos com brutalidade ou atos cruéis".
No dia 31 de maio de 2010, o ataque militar israelense à Frotilha da Liberdade, que tentava romper o bloqueio da Faixa de Gaza, deixou nove turcos mortos e vários feridos, abalando as relações entre os dois países.
Há vários meses, Israel e Turquia estão conversando para acordar uma indenização aos familiares das vítimas.