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UE adota plano de ação contra recrutamento de jihadistas

Proclamação do "califado" pelos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria pode atrair jovens muçulmanos europeus

8 jul 2014 - 14h46
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"As medidas são confidenciais", disse Gilles de Kerchove, coordenador europeu de combate ao terrorismo
"As medidas são confidenciais", disse Gilles de Kerchove, coordenador europeu de combate ao terrorismo
Foto: Francois Lenoir / Reuters

O coordenador europeu de combate ao terrorismo, Gilles de Kerchove, anunciou nesta terça-feira um plano de ação para identificar e rastrear os jovens europeus que viajaram ou que estão dispostos a viajar para a Síria para lutar como jihadistas.

Foram adotadas várias medidas durante uma reunião na segunda-feira em Milão entre os ministros do Interior de nove países: Bélgica, Espanha, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Suécia, Dinamarca e Holanda.

"As medidas são confidenciais", disse Gilles de Kerchove. Na próxima reunião formal dos ministros do Interior, prevista para outubro, as medidas serão apresentadas aos outros países do bloco.

"Os recentes acontecimentos no Iraque reforçam a necessidade de agir imediatamente", afirmou o coordenador.

De acordo com ele, a proclamação do "califado" pelos jihadistas do Estado Islâmico no território sob seu controle no Iraque e na Síria pode atrair alguns jovens muçulmanos europeus.

O objetivo do plano de ação adotado em Milão é identificar aqueles que estão dispostos a combater na Síria, apontá-los para os outros países da UE, dificultar a sua partida, segui-los em seu retorno e, eventualmente, detê-los.

Uma das medidas visa a sistematizar o controle dos cidadãos da UE através das fronteiras externas e facilitar a troca de dados através do Sistema de Informação Schengen (SIS), usado por membros do espaço europeu sem fronteiras.

Mais de 2.000 europeus foram ou querem lutar na Síria. Alguns deles voltaram. "Não significa que todos vão cometer atentados, mas alguns vão", alertou Kerchove.

Um recente exemplo de radical islâmico europeu que saiu de seu país para combater ao lado de extremistas e voltou cometendo crimes é o do francês Mehdi Nemmuche. Ele é acusado de matar quatro pessoas em 24 de maio no Museu Judaico de Bruxelas, depois de ter passado cerca de um ano na Síria. Ele foi apontado pelas autoridades francesas no âmbito do SIS, mas um mandado de detenção não chegou a ser expedido.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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