UE aumenta ajuda humanitária ao Iraque, mas vê dificuldades
A comissária Europeia para a Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva disse que o trabalho é "perigoso no país"
A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira que aumentou em cinco milhões de euros a ajuda ao Iraque, mas advertiu que o maior problema é o acesso aos civis no país afetado por um conflito armado.
"No caso do Iraque, se trata menos de uma questão de dinheiro do que de acesso", disse a comissária Europeia para a Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva, ao anunciar o aumento da quantia, que eleva a 17 milhões de euros a ajuda total da União Europeia (UE) ao país árabe para o conjunto de 2014.
"O dinheiro pretende ajudar centenas de milhares de iraquianos, incluindo as minorias refugiadas na cordilheira de Sinjar", explicou Georgieva, em referência aos civis que fugiram e estão cercados pelos jihadistas em uma área montanhosa do norte do Iraque, sem água ou alimentos.
O anúncio de Georgieva, considerada uma das possíveis sucessoras de Catherine Ashton no cargo de Alta Representante da UE no fim do ano, foi feito no momento em que os embaixadores dos países membros se reuniam em Bruxelas para avaliar a situação no Iraque, Ucrânia e Gaza.
O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, solicitaram à UE que participe "o mais rápido possível na operação humanitária" no Iraque.
"Compreendo totalmente que a ajuda humanitária não possa ir mais longe", declarou Georgieva ao ser questionada se o Iraque precisa de mais medidas.
Ela destacou que o trabalho humanitário é perigoso no país.