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Vídeos mostram pais encorajando filhas a cometer atentados

21 dez 2016 - 17h53
(atualizado às 19h57)
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Dois vídeos divulgados nesta quarta-feira mostram pais jihadistas encorajando suas duas filhas menores de idade, de 7 e 9 anos, a cometerem atentados suicidas em Damasco, capital da Síria, controlada pelo regime de Bashar al Assad.

Na primeira gravação, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, aparece o primeiro pai, sentado no meio das duas meninas, que usam véu negro. Ele pergunta a uma delas, chamada de Fátima, como ela está. Fátima responde: "Vou cometer um atentado suicida".

Vídeos mostram pais encorajando filhas a cometer atentados:

Pouco depois, a menina afirma que o ataque será em Damasco, em resposta à pergunta do outro pai, que segue questionando se ela permitirá que os "infiéis" a estuprem ou a sequestrem, opções as quais a criança também responde de forma negativa.

O segundo adulto também se dirige a Islam, supostamente irmã de Fátima, e pergunta: "Você tem medo? Não tem medo porque irá porque irá para o céu?". Islam responde negativamente.

Na última sexta-feira, três pessoas morreram e uma ficou ferida em um atentado suicida realizado por uma menina de 7 anos contra uma delegacia na região central de Damasco, mas não se sabe se era uma das duas crianças das gravações.
Na última sexta-feira, três pessoas morreram e uma ficou ferida em um atentado suicida realizado por uma menina de 7 anos contra uma delegacia na região central de Damasco, mas não se sabe se era uma das duas crianças das gravações.
Foto: EFE

No outro vídeo aparece a suposta mãe das meninas, identificada como Abu Nimr, usando um niqab (véu que cobre todo o rosto), despedindo-se das filhas. As duas estão usando roupas de frio, preparadas para sair para as ruas de Damasco.

A pessoa que grava o segundo vídeo, aparentemente o pai das crianças, explica que as duas "dedicaram as vidas a trazer a luta contra Al Assad para a capital, Damasco". Ele também pede que a esposa esclareça os motivos pelos quais eles estão mandando as filhas fazerem parte da jihad, a guerra santa.

"Ninguém é pequeno demais para a jihad, é uma obrigação de todos os muçulmanos", afirma a mãe das menores.

A gravação se encerra com o pai encorajando as filhas a irem "entregar suas vidas". As duas respondem gritando "Ala é grande", termo normalmente usado pelos terroristas antes dos ataques.

Os vídeos não revelam se as crianças cometeram os atentados.

Na última sexta-feira, três pessoas morreram e uma ficou ferida em um atentado suicida realizado por uma menina de 7 anos contra uma delegacia de Al Midan, na região central de Damasco, mas não se sabe se era uma das duas crianças das gravações.

EFE   
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