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Violência no Iraque provocou 1.420 mortes em agosto, diz ONU

Números podem ser muito mais altos; maioria das vítimas são civis

1 set 2014 - 09h25
(atualizado às 09h28)
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Desde 8 de agosto, os EUA realizaram um total de 90 ataques no norte do Iraque, 57 deles em apoio às forças iraquianas que combatem o EI perto da estratégica represa de Mossul
Desde 8 de agosto, os EUA realizaram um total de 90 ataques no norte do Iraque, 57 deles em apoio às forças iraquianas que combatem o EI perto da estratégica represa de Mossul
Foto: Mushtaq Muhammed / Reuters

Pelo menos 1.420 pessoas morreram e 1.370 ficaram feridas em combates e outros atos violentos e terroristas durante o mês de agosto no Iraque, revelou nesta segunda-feira a missão das Nações Unidas no país (Unami).

Em um comunicado, a Unami afirmou que o número de vítimas pode ser "significativamente mais alto" devido às dificuldades para verificar os dados nas áreas sob o controle do Estado Islâmico (EI), e que o informe exclui os mortos na província de Al Anbar.

A contagem exclui as vítimas fatais na província de Al-Anbar, parcialmente em mãos dos extremistas parcialmente desde janeiro, e onde se acredita que 268 iraquianos morreram no mês passado.

"Só em agosto a ONU estima que 600 mil pessoas foram deslocadas e que milhares continuam sendo assassinadas pelo EI e outros grupos aliados por razões étnicas e religiosas", denunciou o representante da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov.

A maioria das vítimas são civis: pelo menos 1.265 morreram e 1.198 ficaram feridos, frente aos 155 mortos e 172 feridos nas forças de segurança.

Na província de Ninawa, no norte do país, 625 pessoas morreram após a localidade ser tomada pelo EI em junho e se tornar cenários de combates entre os jihadistas e as forças iraquianas e curdas.

"O verdadeiro custo humano desta tragédia é impactante", lamentou Mladenov, que parabenizou os esforços humanitários realizados pelas autoridades do Curdistão iraquiano e a comunidade internacional.

A Unami reconheceu que recebeu relatórios de centenas de vítimas em algumas zonas, e há casos de civis mortos em sua fuga por falta de água, alimentos e remédios, mas os dados não puderam ser verificados pelo organismo.

Foto: Arte Terra

EFE   
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