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Orquestra norte-coreana se apresenta na Coreia do Sul em meio a protesto

8 fev 2018 - 15h38
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Uma orquestra norte-coreana de 137 integrantes realizou sua primeira apresentação na Coreia do Sul nesta quinta-feira, embalando centenas de sul-coreanos ao som de temas familiares enquanto dezenas de manifestantes tocavam sua própria música em volume alto e ao som de tambores do lado de fora.

Orquestra Samjiyon da Coreia do Norte toca em Gangneung
 8/2/2018     REUTERS/Kim Hong-Ji
Orquestra Samjiyon da Coreia do Norte toca em Gangneung 8/2/2018 REUTERS/Kim Hong-Ji
Foto: Reuters

O show da Samjiyon Band ocorreu um dia antes de a Coreia do Sul iniciar sua primeira Olimpíada de Inverno em meio a um relaxamento nas tensões com a Coreia do Norte, sublinhado pela primeira visita da irmã de seu líder, Kim Jong Un, que deve chegar na sexta-feira.

A trupe de músicos tocou canções das duas Coreias na cidade litorânea de Gangneung, começando com a conhecida canção norte-coreana "Prazer em Conhecê-lo", e também interpretou uma seleção de temas ocidentais, inclusive do musical da Broadway "O Fantasma da Ópera".

"Eles tocaram canções populares para que púdessemos curtir o concerto, e superou minhas expectativas", disse Jun Sang-sik, servidor público de 37 anos que compareceu com a filha de 9 anos. "Minha filha disse que sentiu orgulho depois de ver a Coreia do Sul e do Norte tocando juntas."

A exibição de 90 minutos terminou sem bis, apesar dos pedidos da plateia, mas um anfitrião norte-coreano do evento agradeceu aos espectadores por sua recepção calorosa.

O show foi o primeiro de norte-coreanos no vizinho do sul desde 2000, quando outra orquestra cruzou a fronteira para um concerto conjunto em comemoração ao Dia da Libertação em 15 de agosto.

A cerca de 5 minutos de distância, 80 manifestantes realizaram um protesto sob as temperaturas abaixo de zero, tocando músicas de oposição aos Jogos de Pyeongchang e batendo tambores.

Uma barricada de cerca de 100 policiais os manteve longe do local do concerto.

"Eles estão aqui para fazer os sul-coreanos de tolos, e não posso aceitar isso", opinou Kwon Oh-seok, de 71 anos, acrescentando que viajou da capital Seul para protestar contra a apresentação.

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