Outra cidade chinesa entra em lockdown em meio a nova ameaça de Covid-19
A China impôs novas restrições pelo coronavírus em áreas próximas a Pequim na terça-feira, colocando 4,9 milhões de pessoas na cidade de Langfang sob lockdown, enquanto novas infecções aumentam as preocupações sobre uma segunda onda em um país que em grande parte conteve a doença.
O número de novos casos registrados na China continental na terça-feira caiu quase pela metade em relação ao dia anterior e permaneceu uma pequena fração dos observados no auge do surto no início de 2020. No entanto, as autoridades estão implementando regras rígidas sempre que novos casos surgem.
A Comissão Nacional de Saúde relatou 55 novos casos de Covid-19 na terça-feira, ante 103 no dia anterior. A província de Hebei, que circunda Pequim, foi responsável por 40 das 42 infecções transmitidas localmente, com a capital e a província de Heilongjiang relatando um caso local cada.
Em um vilarejo no sul de Pequim que faz fronteira com Hebei, os moradores pararam os veículos na terça-feira e pediram para ver códigos de rastreamento de saúde em telefones celulares.
"Temos que ter cuidado, pois estamos perto de Guan, onde casos de Covid foram relatados hoje", disse um oficial de segurança voluntário de sobrenome Wang, referindo-se a um condado da província de Hebei na divisa com Pequim.
Langfang, a sudeste de Pequim, disse que seus 4,9 milhões de habitantes ficarão em quarentena por sete dias e serão submetidos a testes em massa de Covid-19.
Também na terça-feira, a China informou que uma equipe da Organização Mundial de Saúde que investiga a origem do coronavírus chegaria na quinta-feira à cidade de Wuhan, onde o vírus surgiu no final de 2019, após um atraso que Pequim chamou de "mal-entendido".
Shijiazhuang, a capital de Hebei, foi a mais atingida no último surto de infecções e colocou seus 11 milhões de habitantes sob lockdown. A província fechou trechos de rodovias e está ordenando que os veículos registrados em Shijiazhuang retornem.