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Mundo

Países da UE aprovam novas tarifas a carros elétricos chineses

Medida deve acirrar guerra comercial com Pequim

4 out 2024 - 11h25
(atualizado às 12h43)
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Os países-membros da União Europeia aprovaram nesta sexta-feira (4) a instituição de sobretaxas alfandegárias contra carros elétricos fabricados na China, acusada pelo bloco de prejudicar a concorrência com pesados subsídios ao setor.

    A votação ocorreu no âmbito do Comitê de Defesa Comercial, composto por funcionários de cada um dos 27 membros do bloco, e teve um placar de 10 votos a favor e cinco contra, com 12 abstenções.

    Segundo fontes europeias consultadas pela ANSA, a Alemanha, maior economia da UE, é um dos países que se posicionaram contra a medida, ao lado de Eslováquia, Eslovênia, Hungria e Malta, enquanto França e Itália votaram pela instituição das tarifas.

    Os outros favoráveis são Bulgária, Dinamarca, Estônia, Holanda, Irlanda, Letônia, Lituânia e Polônia. Já Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, Espanha, Finlândia, Grécia, Luxemburgo, Portugal, República Tcheca, Romênia e Suécia se abstiveram.

    As sobretaxas já estão em vigor de maneira provisória e agora dependem de uma decisão da Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, para se tornar definitivas por um prazo inicial de cinco anos.

    "A Comissão Europeia não deveria deflagrar uma guerra comercial, apesar do voto a favor de sobretaxas punitivas contra a China. Precisamos de uma solução negociada", disse no X o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

    Por sua vez, o ministro das Empresas e do Made in Italy, Adolfo Urso, defendeu o voto favorável da Itália, mas ressaltou que é preciso "preservar a parceria industrial e comercial" com o gigante asiático. "Esperamos que as negociações levem a uma solução compartilhada", acrescentou.

    As alíquotas impostas de maneira provisória pela Comissão Europeia são de 36,3% para a montadora Saic, de 19,3% para a Geely e de 17% para a BYD. Outros fabricantes que cooperaram com a investigação da UE estão sujeitos a tarifas de 21,3%, enquanto os que não colaboraram têm de arcar com taxas de 36,3%. Já os veículos produzidos pela Tesla, do bilionário Elon Musk, em território chinês pagam 9%.

    No entanto, as tarifas aprovadas pelos Estados-membros nesta sexta são ligeiramente mais baixas, com exceção da BYD, segundo um funcionário europeu de alto escalão: 35,3% para a Saic, 18,8% para a Geely e 7,8% para a Tesla, além de 20,7% para montadoras que cooperaram e 35,3% para as que não colaboraram.

    Com isso, os impostos sobre carros elétricos chineses no bloco podem chegar a 45%, uma vez que esses produtos já pagavam uma tarifa de importação de 10% antes da disputa comercial.

    Por meio de um porta-voz, o Ministério do Comércio da China disse que se opõe "com firmeza" a "práticas protecionistas injustas e irracionais" e instou Bruxelas a "retornar ao caminho certo" para resolver a questão com "diálogo".

    Em agosto passado, Pequim abriu uma investigação sobre subsídios da UE e dos Estados-membros a produtos lácteos, como queijos, prenunciando uma possível retaliação pelas sobretaxas contra carros elétricos. .

Ansa - Brasil
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