Países europeus reclamam de distribuição desigual da vacina
Eles também reclamaram de cronogramas incertos para entregas futuras
Vários países europeus dizem que estão recebendo suprimentos menores do que o esperado de vacinas contra covid-19, conforme a gigante farmacêutica norte-americana Pfizer atrasa os embarques e a distribuição ocorre de forma desigual entre os Estados da União Europeia.
As vacinas desenvolvidas pela Pfizer em parceria com a alemã BioNTech começaram a ser entregues na UE no final de dezembro. A empresa norte-americana de biotecnologia Moderna começou a entregar sua vacina nesta semana depois que o bloco a aprovou em 6 de janeiro.
Mesmo assim, cerca de um terço dos 27 governos da UE citou doses "insuficientes" de vacinas em uma videoconferência de ministros da Saúde na quarta-feira, disse à Reuters uma pessoa que participou do encontro virtual.
Eles também reclamaram de cronogramas incertos para entregas futuras, acrescentou a autoridade, sem citar nenhum país.
A Pfizer disse inicialmente que as entregas estavam ocorrendo "de acordo com o cronograma acordado". Porém, mais tarde nesta sexta-feira, a empresa afirmou que haveria um impacto temporário sobre os embarques no final de janeiro a início de fevereiro, causado por mudanças nos processos de fabricação para aumentar a produção.
O comentário ocorreu depois que a Noruega e a Lituânia disseram que a empresa estava reduzindo o fornecimento na Europa.
No início deste mês, a Bélgica declarou que previa receber apenas cerca de metade das doses planejadas da vacina da Pfizer em janeiro devido a um problema logístico. A Lituânia disse ter sido informada esta semana que seus suprimentos seriam reduzidos à metade até meados de fevereiro.
"A fabricante nos disse que os cortes são em toda a UE", disse o porta-voz do Ministério da Saúde da Lituânia Vytautas Beniusis à Reuters na sexta-feira.
Uma segunda fonte da UE afirmou à Reuters que em outra reunião interna do bloco com diplomatas na quarta-feira, um funcionário da Comissão Europeia disse que as entregas ficariam limitadas pelo menos até março, com a produção programada para aumentar apenas em setembro.
Um porta-voz da Comissão se recusou a comentar as preocupações sobre os suprimentos limitados e cronogramas incertos.