Palácio volta a negar acusações contra príncipe
Príncipe é o 5º na linha de sucessão do trono britânico
O Palácio de Buckingham voltou a negar "enfaticamente" que o príncipe Andrew tenha tido relações sexuais com uma mulher quando ela tinha menos de 18 anos.
O duque de York foi citado em documentos judiciais na Flórida, em um caso que investiga como promotores federais lidaram com o processo que levou à condenação do financista americano Jeffrey Epstein, por delitos sexuais, em 2008.
O jornal Mail de domingo identificou a mulher que fez as acusações como Virginia Roberts. A BBC não conseguiu verificar a identidade dela.
O palácio disse que as acusações contra o duque "não tem qualquer fundamento."
"Categoricamente falso'
Autoridades do palácio fizeram uma segunda declaração após os jornais de domingo revelarem mais detalhes sobre o caso.
Uma declaração inicial havia afirmado que "qualquer sugestão de impropriedade com menores de idade" pelo duque eram "categoricamente falsas".
O correspondente para assuntos da monarquia da BBC, Peter Hunt, disse que a última negativa foi "notável".
A situação "tem o potencial de prejudicar seriamente o príncipe Andrew e a instituição que ele representa," acrescentou Hunt.
A mulher por trás das alegações diz que foi obrigada a fazer sexo com o príncipe quando era menor de idade em três ocasiões - em Londres, Nova York e em uma ilha privada no Caribe, de propriedade do Epstein - entre 1999 e 2002.
Um advogado americano que também foi acusado pela mulher diz que está planejando uma ação judicial contra ela.
Alan Dershowitz disse à BBC que quer que as acusações sejam repetidas por ela sob juramento.
Dershowitz, um ex-professor de direito de Harvard, disse: "Meu objetivo é fazer acusações contra a cliente e exigir que ela fale no tribunal. Se ela acredita que foi prejudicada por mim e pelo príncipe Andrew, ela deveria ter nos processado pelos danos.
"A ação judicial é bem-vinda. Qualquer oportunidade de colocá-la sob juramento e exigir que repita sob juramento essas alegações falsas é bem-vinda."
"Vítima inocente"
Dershowitz também disse acreditar que o príncipe Andrew deveria tomar "todas as medidas legais disponíveis" para limpar seu nome.
"Você não pode simplesmente permitir que falsas alegações sejam feitas, e você não pode permitir que as pessoas que fazem falsas alegações tenham liberdade para continuar a fazê-las."
Antes, ele disse a um programa da BBC Radio 4 que as acusações contra o príncipe Andrew deveriam ser presumidamente falsas e que ele eu só tinha encontrado o príncipe em ocasiões públicas.
A mulher emitiu um comunicado por meio de seus advogados dizendo que estava "ansiosa para reivindicar meus direitos como uma vítima inocente e utlizar qualquer recurso disponível", acrescentando que ela era "não vai ser intimidada de volta ao silêncio."
O documento do tribunal acusa Epstein de fazer tráfico de mulheres, deixando a suposta vítimas disponível para sexo com "pessoas bem relacionadas politicamente e poderosas financeiramente".
O príncipe, o quinto na linha de sucessão ao trono britânico, já havia sido alvo de críticas por sua antiga amizade com Epstein e acabou sendo forçado a pedir desculpas por isso.
Os dois foram fotografados juntos em dezembro de 2010, depois de o milionário ter cumprido pena de 18 meses de prisão por abordar uma menor de idade para prostituição.