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Papa decreta que juiz italiano assassinado pela máfia pode ser beatificado

22 dez 2020 - 14h12
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O papa Francisco decretou nesta terça-feira que o juiz italiano Rosario Livatino, assassinado pela máfia na Sicília em 1990, é um mártir da fé e pode ser beatificado ou declarado como "abençoado".

12/12/2020
REUTERS/Remo Casilli/Pool
12/12/2020 REUTERS/Remo Casilli/Pool
Foto: Reuters

Livatino, que era um católico devoto, foi morto a tiros depois que um esquadrão da máfia forçou seu carro para fora da estrada enquanto ele dirigia por uma rodovia siciliana.

Conhecido como o "juiz moço", já que parecia ter menos de 37 anos, Livatino liderou muitas investigações sobre a máfia numa época em que os clãs sicilianos estavam envolvidos em uma guerra total.

O decreto de martírio proposto pela Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano e aprovado pelo papa significa que não há necessidade de um milagre ser atribuído à intercessão de Livatino junto a Deus para que ele seja beatificado.

Um milagre deveria ser atribuído a Livatino para que ele fosse declarado santo.

A Igreja Católica Romana ensina que somente Deus realiza milagres, mas que os santos que se acredita estarem com Deus no céu intercedem em nome das pessoas que oram a eles. Um milagre é geralmente a cura inexplicável --do ponto de vista médico-- de uma pessoa.

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