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Papa diz que confrontaria Trump diretamente sobre muro na fronteira

28 mai 2019 - 20h35
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O papa Francisco afirmou que está disposto a dizer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em pessoa que é errado construir muros nas fronteiras, e pareceu alertá-lo a não retomar uma política de separação de famílias.

Papa Francisco reza missa na Capela de Santa Marta, no Vaticano
28/05/2018  Vatican Media/Divulgação via REUTERS
Papa Francisco reza missa na Capela de Santa Marta, no Vaticano 28/05/2018 Vatican Media/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Em uma entrevista abrangente à rede mexicana Televisa, exibida nesta terça-feira, o papa também minimizou as críticas de católicos ultraconservadores que o chamam de herege.

Francisco, que já se chocou com Trump em temas ligados à imigração, debateu a situação na fronteira EUA-México com Valentina Alazraki, repórter veterana do Vaticano que é mexicana.

"Não sei o que está acontecendo com esta nova cultura de defender territórios construindo muros. Já conhecemos um, aquele em Berlim, que trouxe tantas dores de cabeça e tanto sofrimento", disse.

"Separar crianças dos pais vai contra a lei natural, e aqueles cristãos... não se faz isso. É cruel. Está entre as maiores crueldades. E para defender o quê? Territórios, ou a economia de um país ou sabe lá o quê", disse, acrescentando que tais políticas são "muito tristes".

Indagado se diria a Trump a mesma coisa face a face se o presidente estivesse sentado diante dele, ao invés da repórter, Francisco respondeu: "O mesmo. O mesmo porque o digo publicamente... eu até disse que aqueles que constroem muros acabam sendo prisioneiros dos muros que constroem".

Trump, que se encontrou com o papa no Vaticano em 2017, disse que o muro é necessário para lidar com uma crise de drogas e crimes que atravessa a fronteira dos EUA e se chocou com a Câmara dos Deputados, comandada pelos democratas, e com alguns juízes sobre a maneira de financiá-lo.

No ano passado, Francisco criticou a diretriz do governo Trump de separar filhos e pais que atravessaram ilegalmente a fronteira EUA-México, que Trump reverteu mais tarde devido à revolta generalizada.

No mês passado, Trump negou reportagens segundo as quais seu governo está cogitando reativar a diretriz.

Não existe mais nenhum encontro entre Trump e o pontífice em planejamento.

Francisco foi questionado sobre um grupo de ultraconservadores que, no início deste mês, iniciou uma campanha de assinaturas fazendo um apelo a bispos a denunciá-lo como herege em função de uma série de tópicos, da comunhão para os divorciados à diversidade religiosa.

O papa disse que não se sente magoado e o recebeu "com senso de humor", acrescentando que "rezo por eles porque estão errados, e, pobres coitados, alguns deles estão sendo manipulados".

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