Papa expressa 'preocupação e dor' com crise no Haiti
País enfrenta onda de violência por gangues armadas
O papa Francisco expressou neste domingo (10) "preocupação e dor" com a crise no Haiti, país que vive uma grave onda de violência por grupos armados que ameaçam derrubar o premiê Ariel Henry, no poder desde o assassinato do presidente Jovenel Moise, em 2021.
"Acompanho com preocupação e dor a grave crise que atinge o Haiti e os violentos episódios ocorridos nos últimos dias. Estou ao lado da Igreja e do caro povo haitiano, que há anos enfrenta muitos sofrimentos", disse o pontífice em seu Angelus dominical.
O Papa ainda pediu aos fiéis que "rezem para que cesse qualquer espécie de violência" e que "todos ofereçam sua contribuição para aumentar a paz e a reconciliação no país, com o apoio renovado da comunidade internacional".
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a onda de violência no Haiti já forçou o deslocamento de 362 mil pessoas, sendo mais da metade crianças, enquanto gangues criminais controlam boa parte da capital Porto Príncipe e as principais rodovias do país caribenho, o mais pobre do hemisfério ocidental.
Henry, que viajava ao Quênia quando a situação saiu de controle, estaria agora em Porto Rico, território pertencente aos Estados Unidos, e ainda não conseguiu voltar ao Haiti devido às ameaças dos grupos armados.