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Papa Francisco minimiza problemas de saúde em novo livro: "Estou bem"

14 jan 2025 - 10h55
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O Papa Francisco, que completou 88 anos no mês passado e pediu a um assessor para ler um discurso na semana passada devido a um resfriado, diz em um novo livro que se sente saudável e não tem planos de renunciar como líder da Igreja Católica.

"Estou bem", afirma o pontífice em uma autobiografia à venda em mais de 100 países na terça-feira. "A realidade é, muito simplesmente, que estou velho".

O papa, que assumiu em 2013 e agora usa frequentemente uma cadeira de rodas devido a dores nos joelhos e nas costas, diz: "A Igreja é governada usando a cabeça e o coração, não as pernas".

Ele sofreu de gripe e problemas relacionados várias vezes nos últimos dois anos. Também foi submetido a uma cirurgia em 2021 para tratar de uma condição dolorosa chamada diverticulite, e novamente em 2023 para reparar uma hérnia.

"Cada vez que um papa adoece, os ventos de um conclave sempre parecem estar soprando", afirma Francisco no livro, referindo-se à reunião secreta dos cardeais católicos que um dia elegerão o próximo pontífice.

"A realidade é que, mesmo durante os dias de cirurgia, nunca pensei em renunciar", diz ele.

O novo volume, intitulado "Hope" (Esperança), é o segundo de dois livros em dois anos do papa, após um livro de memórias lançado em março de 2024.

Mondadori, a editora italiana do livro, disse que o novo volume foi originalmente planejado por Francisco para ser lançado após sua morte. Mas o papa decidiu que ele deveria ser publicado durante o Ano Santo Católico em andamento, que também está se concentrando no tema da esperança.

Ao longo do volume de 303 páginas, o papa analisa sua vida enquanto crescia em Buenos Aires, sua carreira como bispo na Argentina e algumas das decisões que tomou como líder da Igreja global.

Francisco defende com veemência a decisão de 2024 de permitir que os padres ofereçam bênçãos a casais do mesmo sexo, caso a caso. Essa decisão provocou um amplo debate na Igreja, com bispos em alguns países, especialmente na África, recusando-se a permitir que seus sacerdotes a implementassem.

"São as pessoas que são abençoadas, não os relacionamentos", afirma ele. "Todos na Igreja são convidados (para uma bênção), incluindo pessoas divorciadas, incluindo pessoas homossexuais, incluindo pessoas transgênero."

"A homossexualidade não é um crime, é um fato humano", diz ele.

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