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Papa Francisco pede perdão por crimes de pedofilia no Chile

Afirmação foi dada durante encontro com corpo diplomático

16 jan 2018 - 10h16
(atualizado às 11h33)
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Durante um encontro com membros do corpo diplomático e da política do Chile nesta terça-feira (16), o papa Francisco pediu "perdão" pelos crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica no país.

Papa Francisco pede perdão por crimes de pedofilia no Chile
Papa Francisco pede perdão por crimes de pedofilia no Chile
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"Aqui não posso fazer menos do que exprimir a dor e a vergonha que sinto perante um dano irreparável causado a crianças por parte dos ministros da Igreja. Desejo unir-me aos meus irmãos no Episcopado porque é justo pedir perdão e apoiar com todas as forças as vítimas, enquanto devemos nos empenhar para que isso não se repita", disse Francisco.

Antes da visita ao país, uma série de protestos contra a Igreja Católica atingiu diversas igrejas chilenas. Entre as pautas dos manifestantes, estavam o suposto acobertamento do líder católico a bispos chilenos acusados de pedofilia e também o uso de dinheiro público na visita do Pontífice.

Entre os participantes do encontro, estava o presidente eleito do país, Sebastián Piñera, que tomará posse no dia 11 de março.

O recém-eleito foi cumprimentado pelo líder católico, que aproveitou a situação também para criticar a ditadura que o país enfrentou.

"O Chile se distinguiu nas últimas décadas pelo desenvolvimento de uma democracia que lhe permitiu um notável progresso. As recentes eleições políticas foram uma manifestação da solidez e da maturidade cívica atingidas, e que tiveram uma particular importância neste ano no qual se comemora os 200 anos da declaração de Independência", destacou Jorge Mario Bergoglio.

"Esse momento é particularmente importante porque é sinal de vosso destino como povo, fundado na liberdade e no direito, chamado a enfrentar diversos períodos turbulentos e conseguindo todavia, não sem dores, superá-los. Dessa maneira, vocês souberam consolidar e fortalecer os sonhos de seus pais fundadores", disse ainda.

Ainda sobre a democracia, o sucessor de Bento XVI destacou que é "indispensável escutar" os mais desfavorecidos, como os desempregados, as minorias, os imigrantes e os jovens para construir uma sociedade mais justa. Depois do encontro com os diplomatas e políticos, Francisco se reúne com a presidente chilena, Michelle Bachelet, a portas fechadas.

Ele ainda rezará uma missa no Parque O'Higgins, onde são esperadas cerca de 600 mil pessoas, e à tarde visitará um presídio feminino.

À noite, a agenda será mais "religiosa", com reuniões com padres, seminaristas, freiras e bispos. Francisco ficará no Chile até o dia 18, passando ainda pelas cidades de Temuco e Iquique.

Depois, parte para uma visita ao Peru, onde fica até dia 22, com compromissos em Lima, Puerto Maldonado e Trujillo. --

Ansa - Brasil
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