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Papa lamenta mortes em Gaza e na Ucrânia por "loucura da guerra"

3 abr 2024 - 10h33
(atualizado em 10/4/2024 às 14h51)
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O papa Francisco fez um novo apelo nesta quarta-feira pela paz na Faixa de Gaza e na Ucrânia, lamentando a morte de trabalhadores humanitários em um ataque aéreo israelense e prestando homenagem a um soldado ucraniano que morreu na guerra contra a Rússia.

Sete trabalhadores da ONG World Central Kitchen (WCK) foram mortos na segunda-feira em Gaza, no que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou de um incidente não intencional e "trágico".

"Eu expresso meu profundo pesar pelos voluntários mortos enquanto estavam envolvidos na distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Rezo por eles e por suas famílias", disse Francisco durante sua audiência semanal.

O pontífice de 87 anos tem estado com a saúde debilitada nas últimas semanas, limitando suas aparições públicas ou cancelando alguns compromissos durante a semana da Páscoa, mas nesta quarta-feira ele participou integralmente da audiência ao ar livre.

Ele renovou os pedidos de um cessar-fogo "imediato" em Gaza, a libertação de todos os reféns israelenses sequestrados pelos militantes palestinos do Hamas, acesso total à ajuda humanitária e alertou contra qualquer ampliação regional "irresponsável" do conflito.

Voltando-se para a "martirizada" Ucrânia, Francisco disse à multidão na Praça de São Pedro que estava segurando em suas mãos uma cópia do Novo Testamento e um conjunto de contas de rosário pertencentes a um soldado ucraniano de 23 anos morto.

"Gostaria que todos nós, neste momento, fizéssemos um pouco de silêncio, pensando nesse jovem e em muitos outros como ele que morreram nessa loucura de guerra. A guerra sempre destrói, vamos pensar neles e orar", afirmou ele.

Francisco disse que o soldado, que ele identificou apenas como Oleksandr, morreu em Avdiivka, uma cidade do leste ucraniano capturada pelos russos em fevereiro.

Ele já havia mencionado seus pertences em outra audiência no mês passado, depois que eles foram dados a ele por uma freira que esteve em várias missões de caridade na Ucrânia.

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