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Papa põe padre 'ícone dos pobres' mais próximo da santidade

22 fev 2020 - 14h37
(atualizado às 14h49)
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Papa Francisco em audiência semanal no Vaticano
12/2/2020
REUTERS/Remo Casilli
Papa Francisco em audiência semanal no Vaticano 12/2/2020 REUTERS/Remo Casilli
Foto: Reuters

Um padre jesuíta assassinado na guerra civil de El Salvador e que, em morte, virou um ícone de direitos humanos na zona rural da América Latina foi levado a um passo mais próximo da santidade pelo Papa Francisco, neste sábado. 

O Vaticano afirmou que o papa aprovou um decreto reconhecendo que Rutilio Grande e dois salvadorenhos seculares foram mortos "por ódio pela fé". 

Isso significa que eles serão beatificados sem a habitual necessidade de um milagre ser atribuído a eles. A beatificação é o último passo antes da santidade. 

Grande defendia os pobres e foi morto por mais de uma dúzia de tiros ao lado de um idoso e um adolescente em 12 de março de 1977 por um esquadrão da morte de direita na zona rural de El Salvador, enquanto dirigiam um jipe. 

O assassinato de Grande, que organizava camponeses para lutarem pelos seus direitos, foi tão horrível que convenceu o então arcebispo da capital São Salvador, Oscar Romero, a assumir o papel de defensor dos pobres até então de Grande. 

Romero, que era mais discreto até aquele momento, também foi morto por um esquadrão da morte enquanto rezava uma missa na capela de um hospital em São Salvador, em 1980. O Papa Francisco tornou Romero um santo em 2018. 

Os assassinatos estiveram entre os mais chocantes de um longo conflito entre uma série de governos apoiados pelos EUA e rebeldes de esquerda em El Salvador, no qual milhares foram mortos por esquadrões da morte e militares de direita. 

Por volta de 75.000 pessoas foram mortas e 8.000 ficaram desaparecidas durante a guerra, entre 1980 e 1992. 

Romero e Grande tornaram-se ícones dos pobres da América Latina, aparecendo em camisetas parecidas às que levam a imagem de Che Guevara. 

No entanto, antes de Francisco virar papa, em 2013, a defesa de suas santidades enfrentava oposição no Vaticano e entre conservadores poderosos da Igreja da América Latina, que consideram ambos figuras muito políticas. 

Não foi dada uma data para a cerimônia de beatificação, mas ela provavelmente será realizada em El Salvador. 

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