Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Papa se reúne com prefeito de cidade símbolo de crise migratória

Encontro ocorreu no Palácio Apostólico, no Vaticano

10 set 2020 - 12h40
(atualizado às 13h28)
Compartilhar
Exibir comentários

O papa Francisco se reuniu nesta quinta-feira (10) com Salvatore "Totò" Martello, prefeito de Lampedusa e Linosa, cidade situada em duas ilhas homônimas no Mediterrâneo que são a principal porta de entrada para migrantes e refugiados na Itália.

Papa Francisco com o prefeito de Lampedusa, Salvatore 'Totò' Martello
Papa Francisco com o prefeito de Lampedusa, Salvatore 'Totò' Martello
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Desde o primeiro semestre, Lampedusa vem registrando intensos fluxos migratórios provenientes da Tunísia, que fica a cerca de 100 quilômetros de distância, e seu centro de registro e acolhimento chegou a abrigar números de deslocados internacionais 10 vezes maiores que sua capacidade.

O encontro ocorreu durante uma audiência com participantes do projeto europeu "Snapshots from the borders" ("Retratos das fronteiras", em tradução livre), realizada no Palácio Apostólico, no Vaticano.

"As fronteiras, sempre consideradas como barreiras de divisão, podem se tornar janelas, espaços de conhecimento mútuo, de enriquecimento recíproco, de comunhão na diversidade", disse o Papa.

Durante a reunião, o prefeito de Lampedusa afirmou que pretende organizar na cidade uma conferência internacional de paz no Mediterrâneo. Segundo ele, o objetivo será fazer com que "o drama dos migrantes não seja mais utilizado para alimentar medos e divisões sociais, que geram ódio e maldade".

"Eles são chamados de migrantes, clandestinos, refugiados, prófugos, mas, para nós, são sobretudo seres humanos, pessoas", disse Martello a Francisco. O prefeito ainda presenteou o Pontífice com uma cruz feita por um artesão de Lampedusa com madeira de barcos de migrantes.

Já Jorge Bergoglio reforçou que "nunca aceitará" que pessoas em busca de esperança no mar "morram sem receber socorro". "Claro que o acolhimento e uma integração digna são etapas de um percurso que não é fácil, mas é impensável realizá-lo levantando muros", declarou.

Francisco fez em Lampedusa a primeira viagem apostólica de seu pontificado, em 8 de julho de 2013, época em que a ilha era palco frequente de naufrágios de barcos de migrantes e refugiados. Na ocasião, o Papa celebrou uma missa para cerca de 10 mil pessoas e lançou uma coroa de flores no mar.

O projeto "Snapshots from the borders" foi criado pela União Europeia e mira aumentar o entendimento de tomadores de decisão e da opinião pública sobre os fluxos migratórios nas fronteiras do bloco.  

Ansa - Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade