Paraguai investiga sequestro de crianças por pais antivacina
Duas meninas, uma de 10 e outra de 11 anos, estão desaparecidas desde novembro
Autoridades do Paraguai fazem buscas por duas crianças alemãs que teriam sido levadas até a América Latina por seus pais, negacionistas da vacina contra covid-19, revela uma reportagem do Der Spiegel.
Segundo a publicação alemã, Andreas Rainer Egler levou sua filha de 10 anos, Clara Magdalena Egler, para o Paraguai sem autorização da mãe, Anne Maja Reiniger-Egler, que fez um apelo público pelo retorno da menina.
Junto com Andreas viajou também sua atual companheira, que é mãe de outra menina, Lara Valentina Blank, de 11 anos, que viajou sem a autorização do pai em novembro do ano passado. O último registro do paradeiro foi no mês de janeiro.
De acordo com o Der Spiegel, o casal faz parte de uma comunidade negacionista e antivacina. Em uma carta deixada para a esposa, Andreas comparou a política alemã contra a covid-19 com o período do regime nazista.
Em coletiva de imprensa, a mãe Anne Maja Reiniger-Egler implorou que o pai "acabe com o pesadelo" e permita seu contato com a filha. "As meninas não podem fugir a vida inteira", chorou a mãe na coletiva.
Apesar de Andreas e a companheira serem acusados de sequestro, Anne prometeu não tomar medidas legais contra ele se puder ver a menina novamente.
Ainda na coletiva realizada na segunda-feira, 30, o chefe da unidade de sequestros da polícia do Paraguai, Mario Vallejos, prometeu intensificar a busca pelas meninas.
