Paris: violência toma conta de protestos do dia 1º de Maio
Manifestantes criticam reeleição de Macron
A polícia disparou gás lacrimogêneo para repelir anarquistas vestidos de preto que saquearam estabelecimentos comerciais em Paris, na França, neste domingo, durante os protestos do dia 1º de Maio contra as políticas do recém-reeleito presidente Emmanuel Macron.
Milhares de pessoas se juntaram às marchas de 1º de Maio em toda a França, nas quais pediram por aumentos salariais e requisitaram que Macron abandone o plano de elevar a idade mínima de aposentadoria.
A maioria dos protestos foram pacíficos, mas a violência eclodiu em Paris, no início da manifestação próxima à praça de La Republique, e quando chegou à praça La Nation, na região leste do país.
Anarquistas ao estilo "black bloc" saquearam um restaurante McDonald's e destruíram várias agências imobiliárias. As janelas dos estabelecimentos foram quebradas e latas de lixo, incendiadas. A polícia disse que ativistas chegaram a atacar bombeiros que tentavam apagar os incêndios. A polícia, então, respondeu disparando gás lacrimogêneo.
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse no Twitter que esses atos de violência em Paris "não são aceitáveis".
Cerca de 250 manifestações foram organizadas em Paris e em outras cidades, incluindo Lille, Nantes, Toulouse e Marselha. Na capital, sindicalistas se juntaram a figuras políticas - principalmente da esquerda - e a ativistas climáticos.
O custo de vida foi o tema principal da campanha presidencial e parece ser igualmente proeminente para as eleições legislativas do próximo mês de junho, que o partido de Macron e seus aliados precisam vencer para que ele possa implementar sua agenda pró-mercado, incluindo o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 65 anos.