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Parlamentares da UE visam posição comum sobre regras para inteligência artificial até início de março

6 fev 2023 - 18h22
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Os parlamentares da União Europeia esperam chegar a um consenso sobre o projeto de regras de inteligência artificial (IA) no próximo mês, com o objetivo de fechar um acordo entre os países da região até o final do ano, disse um dos relatores que conduzem a proposta.

A Comissão Europeia propôs as regras para o uso de inteligência artificial em 2021 na tentativa de promover a inovação e estabelecer um padrão global para uma tecnologia que vem sendo usada em tudo, desde carros autônomos e chatbots a fábricas automatizadas, atualmente lideradas pela China e pelos Estados Unidos.

"Ainda estamos a tempo de cumprir o objetivo geral e o calendário que assumimos desde o início, que é encerrar durante este mandato", disse Dragos Tudorache, membro do Parlamento Europeu e co-relator da Lei de Inteligência Artificial da União Europeia, à Reuters.

"Demorou um pouco mais do que eu pensava inicialmente", acrescentou.

A legislação proposta atraiu críticas de políticos e grupos de consumidores por não abordar totalmente os riscos dos sistemas de inteligência artificial, mas as empresas envolvidas alertaram que regras mais rígidas podem sufocar a inovação.

Uma das áreas de discórdia é a definição de "IA de uso geral", que alguns acreditam que deve ser considerada de alto risco, enquanto outros apontam os riscos representados pelo popular chatbot ChatGPT como uma área que precisa de maior controle regulatório.

"Apenas neste ano, veremos alguns saltos exponenciais não apenas para o ChatGPT, mas para muitas outras máquinas de propósito geral", disse ele, acrescentando que os parlamentares estavam tentando escrever alguns princípios básicos sobre o que torna esse tipo de máquina de propósito geral como um tipo distinto de inteligência artificial.

O chefe da indústria da União Europeia, Thierry Breton, disse que as novas regras de inteligência artificial propostas terão como objetivo enfrentar as preocupações sobre os riscos em torno do ChatGPT.

Os críticos do excesso regulatório, no entanto, disseram que tal movimento poderá levar ao aumento de custos e maior pressão de conformidade para as empresas, limitando a inovação.

"Acho que se esse for o efeito desta lei, estaremos perdendo gravemente nosso objetivo. E não fizemos nosso trabalho se é isso que vai acontecer", disse Tudorache.

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