Parlamentares dos EUA pedem investigação sobre TP-Link por medo de ataques cibernéticos chineses
Dois parlamentares norte-americanos querem que o governo dos Estados Unidos investigue a TP-Link Technology Co, da China, e suas afiliadas quanto a possíveis riscos à segurança nacional decorrentes de seus roteadores wifi amplamente utilizados, por temerem que possam ser usados em ataques cibernéticos contra os EUA.
O deputado republicano John Moolenaar e o deputado democrata Raja Krishnamoorthi, que lideram o Comitê Seleto da Câmara sobre a China, solicitaram uma investigação do Departamento de Comércio em uma carta vista pela Reuters na terça-feira.
De acordo com a empresa de pesquisa IDC, a TP-Link, que se concentra no mercado consumidor, é a maior vendedora de roteadores wifi globalmente por volume de unidades.
Ao solicitar uma investigação, parlamentares dos EUA citaram vulnerabilidades conhecidas no firmware da TP-Link e casos em que seus roteadores foram explorados para atingir autoridades do governo em países europeus.
"Solicitamos que o Departamento de Comércio verifique a ameaça representada pelos roteadores (para pequenos escritórios/escritórios domésticos afiliados à China), especialmente aqueles oferecidos pela maior fabricante do mundo, a TP-Link", disseram os parlamentares na carta enviada à secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo.
Eles chamaram o tema de "questão gritante de segurança nacional".
O Departamento de Comércio dos EUA disse que responderá à carta por meio dos canais apropriados. A embaixada chinesa disse esperar que autoridades "tenham provas suficientes ao identificar incidentes cibernéticos, em vez de fazer especulações e alegações infundadas".
A TP-Link, fundada na China em 1996 por dois irmãos e sediada em Shenzhen, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
No ano passado, a Agência de Infraestrutura e Segurança Cibernética dos EUA afirmou que os roteadores TP-Link tinham uma vulnerabilidade que pode ser explorada para executar códigos remotos.