Parler recorre à Justiça dos EUA para tentar voltar a operar
O Parler disse que a Amazon não tem direito contratual de desligar o serviço e o fez com motivação política
O Parler pediu nesta quinta-feira a uma juíza dos Estados Unidos para mandar a Amazon.com restaurar os serviços da rede social usada por simpatizantes de Donald Trump, dizendo que a Amazon não tem evidências de que a plataforma foi usadapara incitar a invasão do Capitólio na semana passada. Em uma audiência no tribunal federal de Seattle, o advogado de Parler, David Groesbeck disse que a empresa serviu ao interesse público. Ele também minimizou o papel do Parler nos tumultos em Washington. "Milhões de norte-americanos cumpridores da lei tiveram suas vozes silenciadas", disse Groesbeck à juíza distrital dos EUA, Barbara Rothstein. "Não há nenhuma evidência...que o Parler estivesse envolvido no incitamento dos motins."
O Parler é preferido por muitos apoiadores de Trump e afirma ter mais de 12 milhões de usuários, entre eles o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. A Amazon Web Services suspendeu a hospedagem do Parler no domingo, dizendo que a rede social ignorou repetidos avisos para remover conteúdos considerados violentos. O conteúdo incluiu chamadas para assassinar Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, e o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, além de Jeff Bezos; presidente da Amazon, e Mark Zuckerberg, presidente do Facebook; além de membros da mídia. "A Amazon fez a única escolha real que podia, que foipara suspender a conta", disse a advogada da Amazon.
O Parler disse que a Amazon não tem direito contratual de desligar o serviço e o fez com motivação política. A rede social pede uma ordem judicial para que a Amazon seja obrigada a restaurar o site enquanto o processo segue em andamento.