Passageiros do submersível que implodiu "sabiam que seu fim estava próximo", diz especialista
Os cinco tripulantes morreram após a 'implosão catastrófica' que desintegrou o veículo da OceanGate
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Os passageiros do submersível Titan, que implodiu durante expedição aos destroços do Titanic em junho, podem ter percebido o que ia acontecer cerca de um minuto antes de morrerem. A avaliação é do engenheiro e especialista em submarinos, José Luis Martín.
“Os passageiros sabiam que seu fim estava próximo", disse o especialista. Segundo ele, durante um período entre “48 e 71 segundos”, o submersível “caiu de forma descontrolada até o momento da implosão”, explicou.
“Aquele momento deve ter sido muito difícil para todos porque estavam perdendo o controle e sabiam que seu fim estava próximo. Com certeza foi o pior, porque depois disso tudo foi muito rápido. Foi uma contração instantânea. A implosão se assemelhava ao estouro de um balão. A morte foi imediata”, concluiu o engenheiro para a revista espanhola Nius.
Para chegar a essa conclusão, o engenheiro calculou o tempo de queda livre antes da implosão com base em diversos dados como o peso do submersível, a aceleração, o empuxo, a massa, a velocidade de queda de um corpo livre e o coeficiente de atrito exercido pela água.
Todos os cinco passageiros do Titan morreram no acidente. Estavam a bordo do submarino o bilionário britânico Hamish Harding, de 58 anos, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 49, e seu filho Suleman Dawood,19, Paul-Henri Nargeolet, 73, especialista nos destroços do Titanic e mergulhador, e Stockton Rush, 61, CEO da OceanGate Expeditions.
Na semana passada, a OceanGate, empresa responsável pelo submersível anunciou a suspensão de todas as suas atividades comerciais e de pesquisa. As investigações sobre o que provocou o acidente ainda seguem em andamento pelas autoridades.
