Peru anula julgamento de Keiko Fujimori por caso Odebrecht
Linha de acusação foi declarada como 'falha', mas cabe recurso
A Suprema Corte do Peru anulou na última segunda-feira (13) o julgamento por lavagem de dinheiro contra Keiko Fujimori, filha do ex-presidente de direita Alberto Fujimori, devido a erros na acusação.
Ela é investigada por ter supostamente recebido subornos da multinacional brasileira Odebrecht para financiar suas candidaturas presidenciais em 2011 e 2016.
Aos 49 anos, Keiko também é acusada de crime organizado, obstrução de Justiça e falso testemunho. A líder do partido Força Popular passou 16 meses em prisão preventiva antes de ser libertada às vésperas das eleições presidenciais de 2021, à qual se candidatou, mas não foi eleita.
A promotoria buscava uma sentença de 30 anos de prisão para a filha de Fujimori, além de uma interdição de cargos públicos, o que a excluiria das eleições do ano que vem.
No entanto a juíza Mercedes Caballero, da Terceira Corte Penal, decidiu que a linha de acusação era "falha" e precisa ser corrigida para que haja um novo julgamento. Isso ocorreu após o Tribunal Constitucional anular as acusações contra o ex-diretor da Odebrecht no Peru, o brasileiro Jorge Simões Barata.
Caso os promotores não recorram da decisão de Caballero, Keiko poderá se candidatar novamente nas eleições presidenciais de 2026. .