Peru proíbe minissaias para funcionárias do parlamento
Congresso afirma que roupas “inadequadas” constituem infração grave que pode ser sancionada
O Congresso do Peru determinou a proibição do uso de minissaias por funcionárias, justificando que roupas consideradas “inadequadas” no ambiente de trabalho do Parlamento configuram infrações graves passíveis de punição.
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A decisão foi anunciada no início desta semana por meio de um comunicado conjunto emitido pelos departamentos de Recursos Humanos e Administração do Congresso. O texto trouxe orientações sobre o vestuário permitido durante a temporada de verão, especificando que os servidores podem dispensar o uso de paletós e gravatas em razão do calor, desde que optem por roupas consideradas apropriadas.
Entretanto, a nova norma veda expressamente o uso de peças como jeans, tênis, shorts, minissaias e outros trajes “informais”. A determinação está visivelmente destacada em cartazes afixados nos corredores do Palácio Legislativo. Curiosamente, a regra se aplica apenas aos 3.500 funcionários da casa e não menciona qualquer restrição ao vestuário dos 130 legisladores.
Suposta cortina de fumaça
A parlamentar Susel Paredes classificou a medida como “estranha”, considerando o cenário de tensão no Congresso. A polêmica surge em meio a investigações conduzidas pelo Ministério Público sobre uma suposta rede de tráfico de pessoas envolvendo membros do Parlamento. A apuração foi intensificada após a morte de um ex-funcionário em dezembro, o que levantou suspeitas sobre atividades ilícitas no âmbito legislativo.
Além disso, outro caso chama atenção: um servidor do Congresso foi associado à manutenção de um perfil na plataforma OnlyFans, o que gerou debates sobre a conduta e ética dos trabalhadores da casa.
A proibição de minissaias levanta questionamentos sobre o real propósito da medida nas redes. Para alguns usuários da web, a ação pode ser interpretada como uma tentativa de desviar o foco das investigações em andamento, criando uma distração para a opinião pública. Alguns veem a decisão como uma "cortina de fumaça", sugerindo que as autoridades legislativas buscam minimizar a repercussão das denúncias e fragilizar o debate sobre a seriedade das acusações.