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Petrobras teme Boko Haram e reforça segurança na Nigéria

A Nigéria é um dos dez maiores produtores mundiais de petróleo

19 jan 2015 - 13h47
(atualizado às 15h35)
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Por medo das ações do Boko Haram, Petrobras e outras empresas reforçam segurança
Por medo das ações do Boko Haram, Petrobras e outras empresas reforçam segurança
Foto: Emmanuel Braun / Reuters

Preocupada com a crescente violência do grupo radical islâmico Boko Haram na Nigéria, a Petrobras e suas sócias na operação nigeriana adotaram medidas para garantir a segurança e a integridade de seus funcionários e instalações.

Localizada na África Ocidental, com cerca de 180 milhões de habitantes, a Nigéria é um dos dez maiores produtores mundiais de petróleo.

Entre as ações, a que mais chama a atenção é a restrição aos deslocamentos dos empregados em locais públicos. Desde a última quinta-feira (15), a Agência Brasil tenta obter da Petrobras uma explicação sobre como a proibição vem sendo aplicada, mas ainda não teve respostas.

Apesar de só explorarem petróleo em alto mar (offshore), as multinacionais também reforçaram o esquema de segurança nos escritórios das duas empresas vinculadas à Petrobras Oil & Gas (Petróleo Brasileiro Nigéria e a Brasoil Oil Services). Os escritórios ficam em Lagos, capital nigeriana, longe da região Nordeste, onde o Boko Haram já domina uma área maior que a de alguns países europeus.

O acesso de visitantes aos escritórios também foi limitado ao “absolutamente essencial”. A Petrobras afirmou estar permanentemente monitorando a situação para, caso seja necessário, adotar outras medidas.

A Agência Brasil também entrou em contato com a construtora Andrade Gutierrez, mas ainda não recebeu respostas sobre medidas de segurança adotadas pela empresa. Responsável por importantes obras de infraestrutura na Nigéria, a construtora mantém escritório em Lagos.

<p>Aldeias inteiras estão sendo eliminadas por ações violentas </p>
Aldeias inteiras estão sendo eliminadas por ações violentas
Foto: EFE en español

Presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), o brasileiro João Antonio Felício reconheceu a importância das empresas que atuam na Nigéria se precaverem. Felício também condenou os atentados praticados por grupos extremistas como o Boko Haram.

“Há um temor de que empresas de outros países sejam atacadas. Cabe ao governo da Nigéria garantir direitos ao trabalho, à livre circulação e a segurança dos nigerianos e estrangeiros que vivem no país. A CSI rejeita atos violentos em qualquer país e repudia a ação de grupos radicais que desrespeitam a democracia, com ações que não contam com respaldo de ninguém mais que seus próprios membros”, assinalou Felício.

O terror imposto por integrantes do Boko Haram obrigou 900 mil nigerianos a deixarem suas casas. Eles migraram para outras localidades em busca de proteção, comida e medicamentos. Milhares de pessoas estão em acampamentos administrados pelo governo nigeriano. A ameaça extremista também já rompeu as fronteiras nigerianas. Ontem (18), dezenas de moradores de duas aldeias de Camarões foram sequestradas por integrantes do Boko Haram.

Para tentar deter o avanço do grupo, o governo do Chade autorizou o envio de tropas militares para combater os extremistas em território camaronês.

Foto: Arte Terra

Satélite mostra devastação após ataques do Boko Haram:

Menina-bomba mata 20 pessoas em atentado na Nigéria:

Agência Brasil Agência Brasil
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